Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
+12
Hades
Bayu~
Norm
Paula Roveroni
Haruyumii
Yamai
Yukito
dijadarkdija
Kira
Maknae
Phii
Lukka_Star
16 participantes
Página 1 de 3
Página 1 de 3 • 1, 2, 3
Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Edit 3 - IMPORTANTE: Irei esclarecer algumas coisas que geraram certa confusão. Quando é referido aos contos "originais" na verdade entende-se por isso como sendo os contos originais dos Irmãos Grimm. Para todos os contos menos o do Barba azul, existe uma versão no famoso livro de contos deles. Porém, quando se pesquisa as histórias, elas possuem diferentes interpretações. Lembrem-se "quem conta um conto aumenta um pouco." Dessa forma, a única fonte realmente confiável para se ler é nos materiais escritos, e registrados. Ou seja, nos irmãos Grimm. (Por exemplo, o material mais confiável para se estudar a mitologia grega aidna são as obras de homero, como foi citado no tópico pelo Hades). Até porque eu não consegui achar um material que tivesse as histórias com os boatos levantados no tópico. Nada impede, é claro, de eu colocar juntamente uma segunda ou terceira versão na parte referente ao tópico.
Mas deixa de enrolação. Hoje eu retirei na biblioteca da universidade o livro de contos dos irmãos Grimm. De início achei que fossem os contos "infantilizados" até por que tinha gravuras fofinhas e tudo mais (*-*). Mas logo ao ler que as irmãs malvadas da cinderela contavam partes dos pés; a branca de neve realmente tinha 7 anos e a rainha morria com os chinelos em brasa, soube que tinha achado o livro certo. Além disso, no livro já contém a versão traduzida de Frau Holle. A sorte é que a mesma que eu traduzi, só tenho que fazer umas pequenas modificações e correções no texto, mas isso deixarei para o Edit 4.
Tenho que lembrar aqui, que os irmãos Grimm escreveram um livro infantil (Sério, se aqueles contos eram infantis, nós regredimos muito, ou as crianças lá eram realmente masoquistas) Por isso as histórias foram amenizadas. Mas eu ainda pergunto, quantas versões existem de lendas brasileiras como a Mula-sem-cabeça, a Iara, Negrinho do pastoreio, etc... Muitas. Cada pessoa pode criar sua própria versão. Temos que tomar cuidado ao ler em blogs versões alternativas, pois qualquer um pode inventar coisas novas e dizer que era antigo (não temos registro afinal). E também por que eles não citam suas fontes.
Por isso estou atualizando o tópico, juntamente com tudo o que postaram nos comentários *-*
Mas para facilitar a vida de quem já leu tudo isso, o que for novo será colorido nesta cor.
Além disso, continuem postando coisas para complementar o tópico, quanto mais melhor *o*
Lembrando que deixarei as versões 1 dos contos para a dos irmãos Grimm, o resto será material complementar.
Bom pessoal. Acho que muitos aqui devem se perguntar se as músicas de Märchen realmente se baseiam em contos de fadas, ou será que algumas delas foram criadas a partir da imaginação um pouco doentia do Revo. Eu aqui trago a respostas para todos os seus problemas. Com um pouco de garimpagem na internet eu consegui achar todos os contos as quais as histórias se baseiam. E com um pouco de ajuda das minhas aulas de inglês, aqueles que estavam na língua gringa, eu traduzi *-*
Ou seja, sem mais teorias sobre quem é quem. Além disso, saber a história original ajuda muito na hora de entender a música. Eu por exemplo, só entendi Sei to Shi depois que li o conto de fadas ao qual ela pertencia. Bem, sem mais delongas segue a lista das músicas com seus respectivos contos de fada. Abaixo dela, irei explicar cada conto, e postar a história original.
Mas deixa de enrolação. Hoje eu retirei na biblioteca da universidade o livro de contos dos irmãos Grimm. De início achei que fossem os contos "infantilizados" até por que tinha gravuras fofinhas e tudo mais (*-*). Mas logo ao ler que as irmãs malvadas da cinderela contavam partes dos pés; a branca de neve realmente tinha 7 anos e a rainha morria com os chinelos em brasa, soube que tinha achado o livro certo. Além disso, no livro já contém a versão traduzida de Frau Holle. A sorte é que a mesma que eu traduzi, só tenho que fazer umas pequenas modificações e correções no texto, mas isso deixarei para o Edit 4.
Tenho que lembrar aqui, que os irmãos Grimm escreveram um livro infantil (Sério, se aqueles contos eram infantis, nós regredimos muito, ou as crianças lá eram realmente masoquistas) Por isso as histórias foram amenizadas. Mas eu ainda pergunto, quantas versões existem de lendas brasileiras como a Mula-sem-cabeça, a Iara, Negrinho do pastoreio, etc... Muitas. Cada pessoa pode criar sua própria versão. Temos que tomar cuidado ao ler em blogs versões alternativas, pois qualquer um pode inventar coisas novas e dizer que era antigo (não temos registro afinal). E também por que eles não citam suas fontes.
Por isso estou atualizando o tópico, juntamente com tudo o que postaram nos comentários *-*
Mas para facilitar a vida de quem já leu tudo isso, o que for novo será colorido nesta cor.
Além disso, continuem postando coisas para complementar o tópico, quanto mais melhor *o*
Lembrando que deixarei as versões 1 dos contos para a dos irmãos Grimm, o resto será material complementar.
-----------x------------
Bom pessoal. Acho que muitos aqui devem se perguntar se as músicas de Märchen realmente se baseiam em contos de fadas, ou será que algumas delas foram criadas a partir da imaginação um pouco doentia do Revo. Eu aqui trago a respostas para todos os seus problemas. Com um pouco de garimpagem na internet eu consegui achar todos os contos as quais as histórias se baseiam. E com um pouco de ajuda das minhas aulas de inglês, aqueles que estavam na língua gringa, eu traduzi *-*
Ou seja, sem mais teorias sobre quem é quem. Além disso, saber a história original ajuda muito na hora de entender a música. Eu por exemplo, só entendi Sei to Shi depois que li o conto de fadas ao qual ela pertencia. Bem, sem mais delongas segue a lista das músicas com seus respectivos contos de fada. Abaixo dela, irei explicar cada conto, e postar a história original.
1 - Kakei no Majo = João e Maria
2 - Kuroki Okami No Yado = The man from the gallows
3 - Garasu No Hitsugi De Nemuru Himegimi = Branca de Neve
4 - Sei To Shi Wo Wakatsu Kyoukai No Furuido = Frau Holle
5 - Bara No Tou De Nemuru Himegimi = Bela Adormecida
6 - Aoki Hakushaku no Shiro = Barba Azul
7 - Takkei no Seijo = The holy woman Kummernis (Die heilige Frau Kummernisl)
ATENÇÃO: As traduções dos textos foram feitas sem serem revisadas. Eu queria terminar esse post logo, e por isso não as revisei. Se alguem achar um problema de tradução (provavelmente haverá) poste nesse tópico para que eu arrume. Eu irei revisar elas em breve. Assim que o fizer, irei retirar esse aviso.
Acho que todos aqui conhecem bem a história de João e Maria. Porém, para os que não tiveram infância, ela segue logo abaixo:
Versão 1:
- Spoiler:
- Às margens de uma extensa floresta existia, há muito tempo, uma cabana pobre, feita de troncos de árvore, na qual morava um lenhador com sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O garoto chamava-se João e a menina, Maria. A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as coisas haviam piorado ainda mais: não havia pão para todos.
— Minha mulher, o que será de nós? Acabaremos todos por morrer de necessidade. E as crianças serão as primeiras…
— Há uma solução… — disse a madrasta, que era muito malvada — Amanhã daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à floresta e lá os abandonaremos. O lenhador não queria nem ouvir falar de um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.
No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria começou a chorar.
— João, e agora? Sozinhos na floresta, estaremos perdidos e morreremos.
— Não chore, tranquilizou-a o irmão — Tenho uma ideia.
Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da lua e as escondeu no bolso. Depois voltou para a cama. No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.
— Vamos cortar lenha na floresta. Este pão é para vocês.
Partiram os quatro. O lenhador e a mulher na frente, as crianças, atrás. A cada dez passos, João deixava cair no chão uma pedrinha branca, sem que ninguém percebesse. Quando chegaram bem no meio da floresta, a madrasta disse:
— João e Maria, descansem enquanto nós vamos rachar lenha para a lareira. Mais tarde passaremos para pegar vocês.
Após longa espera, os dois irmãos comeram o pão e, cansados e fracos como estavam, adormeceram. Quando acordaram, era noite alta e, dos pais, nem sinal.
— Estamos perdidos! Nunca mais encontraremos o caminho de casa!, soluçou Maria.
— Esperemos que apareça a lua no céu, e acharemos o caminho de casa — consolou-a o irmão.
Quando a lua apareceu, as pedrinhas que João tinha deixado cair pelo atalho começaram a brilhar; seguindo-as, os irmãos conseguiram voltar até a cabana. Ao vê-los, os pais ficaram espantados. Em seu íntimo, o lenhador estava até contente; mas a mulher, assim que foram deitar, disse que precisavam tentar novamente, com o mesmo plano. João, que tudo escutara, quis sair a procura de outras pedrinhas, mas não pôde, pois a madrasta trancara a porta. Mariazinha estava desesperada:
— Como poderemos nos salvar desta vez?
— Daremos um jeito, você vai ver — respondeu o irmão.
Na madrugada do dia seguinte, a madrasta acordou as crianças e foram novamente para a floresta. Enquanto caminhavam, Joãozinho esfarelou todo o seu pão e o da irmã, fazendo uma trilha. Dessa vez se afastaram ainda mais de casa e, chegando a uma clareira, os pais deixaram as crianças com a desculpa de cortar lenha, abandonando-as. João e Maria adormeceram, por fome e cansaço e, quando acordaram, estava muito escuro. Maria começou a chorar. Mas, desta vez, não conseguiram encontrar o caminho: os pássaros da floresta tinham comido todas as migalhas. Andaram por muito tempo, durante a noite, e, após um breve descanso, caminharam o dia seguinte inteirinho, sem conseguir sair daquela mata imensa. Estavam com tanta fome que comeram frutinhas azedas e retomaram o caminho.
Quando o sol se pôs, deitaram-se sob uma árvore e adormeceram. O piar de um passarinho branco que voava sobre suas cabeças, como querendo convidá-los, acordou-os. Seguiram o passarinho e, de repente, se viram diante de uma casinha muito mimosa. Aproximaram-se, curiosos, e admiraram-se ao ver que o telhado era feito de chocolate, as paredes de bolo e as janelas de jujuba.
— Viva! — gritou João. E correu para morder uma parte do telhado, enquanto Mariazinha enchia a boca de bolo, rindo. Ouviu-se então uma vozinha aguda, gritando no interior da casinha:
— Quem está o teto mordiscando e as paredes roendo?
Subitamente, abriu-se a porta da casinha e saiu uma velha muito feia, mancando, apoiada em uma muleta. João e Maria assustaram-se, mas a velha lhes deu um largo sorriso, com a boca desdentada.
— Não tenham medo, crianças. Vejo que têm fome, a ponto de quase destruir a casa. Entrem! Vou preparar uma jantinha. O jantar foi delicioso, e gostosas também as caminhas macias aprontadas pela velha para João e Maria, que adormeceram felizes. Não sabiam, os coitadinhos, que a velha era uma bruxa que comia crianças e, para atraí-las, tinha construído a casinha de doces. Agora ela esfregava as mãos, satisfeita.
— Estão em meu poder, não podem me escapar. Porém, estão um pouco magros. É preciso fazer alguma coisa.
Na manhã seguinte, enquanto ainda estavam dormindo, a bruxa agarrou João e o prendeu em um porão escuro; depois, com uma sacudida, acordou Maria.
— De pé, preguiçosa! Vá tirar água do poço, acenda o fogo e apronte uma boa efeição para seu irmão. Ele está fechado no porão e tem de engordar bastante. Quando chegar no ponto, vou comê-lo. Mariazinha chorou e desesperou-se, mas foi obrigada a obedecer.
Cada dia cozinhava para o irmão os melhores quitutes. E também, a cada manhã, a bruxa ia ao porão e, por ter vista fraca e não enxergar a um palmo do nariz, mandava:
— João dê-me seu dedo, quero sentir se já engordou! Mas, o esperto João, em vez de mostrar seu dedo, estendia-lhe um ossinho de frango. A bruxa ficava zangada porque, apesar do que comia, o moleque estava cada vez mais magro!
Um dia perdeu a paciência.
— Maria, amanhã acenda o fogo logo cedo e coloque água pare ferver. Magro ou gordo, pretendo comer seu irmão. Venho esperando há muito tempo! A menina chorou, suplicou, implorou, em vão. Na manhã seguinte, Mariazinha tratou logo de colocar no fogo o caldeirão cheio de água, enquanto a bruxa estava ocupada em acender o forno, dizendo que ia preparar o pão — mas, na verdade, queria assar a pobre Mariazinha. E do João, faria um cozido.
Quando o forno estava bem quente, a bruxa disse a Maria:
— Entre ali e veja se está na temperatura certa para assar o pão. Mas Maria, que já compreendera, não caiu na armadilha.
— Como se entra no forno? — perguntou ingenuamente.
— Você é mesmo uma boba! Olhe para mim! E enfiou a cabeça dentro do forno. Mariazinha, então, mais que depressa deu-lhe um empurrão, enfiando-a no forno, e fechou a portinhola com a corrente. E a bruxa malvada queimou até o último osso. Maria correu ao porão e libertou o irmão.
Abraçaram-se, chorando lágrimas de alegria; depois, nada mais tendo a temer, exploraram a casa da bruxa. E quantas coisas acharam! Cofres e mais cofres, cheios de pedras preciosas e de pérolas.
— Reluzem mais que as minhas pedrinhas — disse João
— Vou levar algumas para casa. E encheu os bolsos de pérolas. Com seu aventalzinho, Maria fez uma trouxinha com diamantes, rubis e esmeraldas.
Deixaram a casa da feiticeira e avançaram pela mata, mas não sabiam para que lado deveriam ir. Andaram bastante, até chegar perto de um rio.
— Como vamos atravessar o rio? — disse Maria, pensativa — Não vejo ponte em nenhum lado.
— Também não há barcos — acrescentou João.
— Mas, lá adiante, estou vendo um marreco. Quem sabe nos ajudará? Gritou na direção, mas o marreco estava longe e pareceu não escutá-lo. Então João começou a entoar:
— Senhor marreco, bom nadador, somos filhos do lenhador, nos leve para a outra margem, temos que seguir viagem. O marreco aproximou-se docilmente. João subiu em suas costas e acenou para a irmã fazer o mesmo.
— Não, disse Maria.
— Um de cada vez, para não cansar demais o bichinho. E assim fizeram. Um de cada vez, atravessaram o rio na garupa do marreco e, após agradecer carinhosamente, continuaram seu caminho.
Depois de algum tempo, perceberam que conheciam aquele lugar. Certa vez tinham apanhado lenha naquela clareira, de outra vez tinham ido colher mel naquelas árvores. Finalmente, avistaram a cabana de um lenhador. Começaram a correr naquela direção, escancararam a porta e caíram nos braços do pai que, assustado, não sabia se ria ou chorava. Quanto remorso sentira desde que abandonara os filhos na mata! Quantos sonhos horríveis tinham perturbado suas noites! Cada porção de pão que comia ficava atravessada na garganta. Por grande sorte, a madrasta ruim, que o obrigara a se livrar dos filhos, já tinha morrido. João esvaziou os bolsos, retirando as pérolas que havia guardado; Maria desamarrou o aventalzinho e deixou cair ao chão uma chuva de pedras preciosas.
Agora já não deveriam mais temer nem miséria, nem carestia. E assim, desde aquele dia o lenhador e seus filhos viveram na fartura, sem mais nenhuma preocupação.
Ok, essa foi um das mais difíceis de se achar, pois a história é um fragmento que foi retirado do livro dos irmãos Grimm. Ela é uma lenda que percorre a Europa e tem diversas versões dependendo o país. Basicamente uma lenda, vejam ela como uma versão de mula-sem-cabeça. Por isso irei reunir aqui diferentes versões da história, serão 3. Os contos são curtos, não precisa nem de 10 min para se ler todos os 3.
1 - O Fígado roubado (Polônia)
- Spoiler:
- No vilarejo de Hammer perto de Czernikowo a muitos anos atrás vivia um jovem casal. A Esposa amava comer fígado e não conseguia viver se não comesse uma vez ao dia. Um dia ela mandou seu marido para a cidade comprar fígado. No entanto, em Czernikowo o marido encontrou um grupo de jovens festeiros e foi com eles para a taverna, onde bebeu até ficar sem dinheiro.
Triste, e sem o fígado, ele voltava para casa. Na estrada ele tinha que passar por uma grande floresta. Lá se encontrou com um caçador, que perguntou por que ele estava tão triste. O homem contou tudo. Após, o caçador falou, “No meio da floresta há uma clareira com uma forca, na qual diversos corpos estão pendurados. Tire um deles de lá, pegue seu fígado, e dê para sua mulher. Diga que é fígado de gado.”
O Homem fez exatamente isso.
Quando ele chegou em casa sua esposa estava brava pela demora, mas ela logo se acalmou quando viu o fígado, e começou a fritá-lo. O Homem foi se deitar para dormir.
De repente uma figura branca apareceu na janela, e gemeu para dentro da sala, “Todos estão dormindo. Os cães estão mantendo guarda no jardim. E você cozinhando meu fígado.”
O homem estava apavorado, e no seu medo chamou pela esposa pedindo para que ela viesse logo para a cama. Mas a esposa queria muito molhar um pedaço de pão no Gravy e prová-lo.
Enquanto isso, o fantasma, um esqueleto branco, já havia entrado na casa, repetindo sempre as mesmas palavras.
A mulher não estava com medo, e perguntou ao fantasma, “Agora, pequenino, o que aconteceu com sua carne?”
O fantasma respondeu, “Os corvos comeram, e o vento soprou o resto embora.”
Então a mulher perguntou, “Agora pequenino, o que aconteceu com seus olhos e orelhas?”
E o fantasma respondeu, “corvos comeram, e o vento soprou o resto embora.”
Então a mulher perguntou, “Agora pequenino, o que aconteceu com seu fígado?”
Então o fantasma gemeu, “Você o possui!” Após isso o fantasma atacou a mulher e a estrangulou até matá-la.
2 - Ahlemann (Alemanha)
- Spoiler:
Era uma vez um homem chamado Ahlemann, ele tinha uma esposa e quatro crianças. Um dia ele queria comer um pouco de fígado, então ele disse à esposa, “Faça e deixe pronto para quando eu chegar do trabalho.”
Sua esposa foi até a cidade e comprou um grande e ótimo fígado. Depois de pronto, o marido ainda não havia chego. Cheirava tão bem que ela queria um pouco como se fosse a ultima escolha de sua vida. Finalmente ela sentou-se e provou. Primeiro ela comeu um pequeno pedaço, pensando, “Ele nunca vai perceber”. Mas aí foi mais um pequeno pedaço, e dessa forma todo o fígado foi devorado por ela.
Então ela ficou com muito medo que seu marido iria a xingar, então ela correu para a forca aonde havia uma pessoa enforcada a pouco tempo. Ela cortou seu fígado e o preparou.
Quando Ahlemann voltou para casa ele sentou-se, e tinha um gosto maravilhoso. Depois ele foi beber cerveja e brincar com as crianças.
O anoitecer veio, e já estava escuro. A mulher estava deitada em sua cama quando ela escutou algo se aproximando da sala. Uma voz chamou, “Aonde está Ah-lemann? Aonde está Ah-lemann?”
Ela respondeu, “Ahlemann foi beber cerveja com os quatro!”
Mas ela ouviu chegando mais perto, e mais perto, então ela chorou de medo, “Venha Ah-lemann; venha Ah-lemann. Estou com muito medo.”
Não tinha o que ser feito. De repente aquilo estava de pé ao lado dela na cama, e quebrou o seu pescoço.
3 - O homem da forca (Alemanha)
- Spoiler:
Tarde da noite uma velha mulher recebeu alguns convidados. Ela não tinha mais comida e não sabia o que cozinhar para eles. Ela foi para a forca onde um homem estava enforcado e pegou seu fígado. Com isso ela o cozinhou e deu para seus convidados, eles comeram ele todo.
Durante a meia noite alguem bateu em sua porta. Ela acordou. Lá estava um homem morto. Sua cabeça estava nua; não tinha olhos; e havia um ferimento em seu corpo.
-Onde está seu cabelo?
-O vento soprou ele
-Onde estão seus olhos?
-Os corvos comeram eles
-Aonde está seu fígado?
-Você comeu.
Como podemos ver, essas histórias são bastante tensas, e muito parecidas entre si. Não tem muita relação com a música a não ser a parte do fígado; da forca; e da mulher voltar para buscar seu fígado perdido.
Concluímos que não importa que roubou o fígado do morto, quem se ferrou foi a mulher.
Também concluímos que não não devemos comer os órgãos dos mortos. Lembrem-se crianças, canibalismo é errado.
Eu acho que não exista uma pessoa sequer que não assistiu o clássico da Disney A branca de Neve. Se você não assistiu, corra a locadora mais próxima e assista! Mas todos sabemos que o texto "original" da Branca de Neve não é como o filme.
Com o texto original da Branca de neve adicionado muitas questões devem ser resolvidas. Eu já li 3 traduções diferentes do conto. Não muda muita coisa, apenas a forma poética como são construídas as palavras. O Texto que a Phii digitou, com certeza é o com a melhor estética das palavras, frases que rimam e tudo mais. Bem, aproveitem *-*
Versão 1
- Spoiler:
- Era uma vez uma rainha que pregava botões nas camisas do seu esposo, apoiada no parapeito de ébano (árvore da família das ebenácias, que fornece madeira escura e resistente) da varanda do palácio. Estava nevando. Flocos de neve alvíssima iam caindo e formando camada sobre as ruas e canteiros no jardim real. De repente, a rainha espetou a agulha no dedo e viu três gotas de sangue pingarem na neve do jardim. Aquelas três pintas, de vermelho muito vivo na brancura puríssima da neve, fizeram a rainha pensar:
- Ah, se eu tivesse uma filha tão branca como esta neve, tão corada como este sangue e de cabelos tão negros como este ébano!...
Meses depois ela teve uma filhinha branca como a neve, corada como o sangue e de cabelos ainda mais pretos que o ébano. Infelizmente, ao nascer essa criança, que se chamou Branca de Neve, a rainha morreu.
Um ano mais tarde, o rei viúvo casou-se de novo com uma princesa muito bonita, porém tão vaidosa, que não admitiu que pudesse haver beleza maior que a sua. Essa princesa possuía um espelho cantado no qual costumava mirar-se, dizendo:
Ó espelho, dizei-me ainda,
Das melhores qual a mais linda?
E o espelho respondia:
Que mais senão vós, ó bela rainha?
A rainha vaidosa sentia-se feliz com a opinião do espelho, porque os espelhos nunca mentem.
A pequenina Branca de Neve, porém, foi crescendo e tornou-se aos sete anos de uma tal formosura, que passava a orgulhosa rainha longe. Em um dia em que esta, como de costume, consultou o espelho, em vez de o espelho responder como respondia sempre, o que disse foi:
Já fostes a mais bela, rainha donairosa (gentil, garbosa), Porém agora Branca de Neve é a mais formosa.
Ao ouvir essa resposta, a rainha ficou amarela de despeito e ódio, e desde esse momento não pôde mais suportar a presença da pobre menina. E como Branca de Neve cada dia que se passava ficasse ainda mais linda, a madrasta não pôde conter a inveja. Chamou um caçador e deu-lhe ordem de levar a princesinha para bem longe na floresta e mata-la.
- Leva-a, mate-a e traga-me a sua língua e o seu coração para eu ter a certeza de sua morte.
O caçador imediatamente saiu a cumprir as ordens de sua senhora; levou Branca de Neve para bem longe na floresta e tirou o punhal para mata-la. No momento, porém, em que ia cravar-lhe o punhal no peito, a pobre menina implorou:
- Caçador, não me mates! Eu me embrenharei por estes bosques a dentro e a rainha nunca mais me verá.
A doçura das suas palavras e a extrema beleza da menina amoleceram o coração do caçador, que resolveu deixa-la por ali, certo de que as feras logo a comeriam. Nesse momento, um porco-do-mato apareceu perto. O caçador matou-o, cortou-lhe a língua e tirou-lhe o coração, levando-os à rainha como se fossem de Branca de Neve. Desse modo, provou que havia cumprido as ordens recebidas.
A pobre menina ficou sozinha no mato, sem saber para onde dirigir, completamente tonta no meio de tantas árvores mudas. Começou a andar ao acaso sobre as pedras úmidas e cheias de musgo, esbarrando em espinhos e tropeçando em cipós. Encontrou várias feras, mas com surpresa viu que, em vez de ataca-la, as feras a olhavam com respeito e admiração.
Andou, andou, andou ao acaso até sentir-se exausta de canseira, e ao cair da noite, com medo de dormir no mato, entrou numa casinha que viu ali perto. Tudo era pequeno nessa casinha, mas todas as coisas dispostas com muita ordem e asseio. No meio da sala havia uma pequena mesa, de toalha muito alva, com sete pratinhos, sete talheres e sete copos minúsculos. Junto à parede viam-se sete caminhas enfileiradas uma ao lado da outra, todas com os seus lençóis muitos alvos. Branca de Neve estava com fome; vendo que nos pratos havia sopa e nos copos havia vinho, tomou um pouco de sopa de cada prato e bebeu um pouco do vinho de cada copo. Desse modo, se alimentaria sem que os moradores da casinha ficassem prejudicados. Em seguida, deitou-se na primeira das caminhas. Era curta demais para o seu tamanho. Experimentou a segunda. Era estreita demais. Experimentou a terceira. Era dura demais. Experimentou a quarta, a quinta, a sexta, e afinal verificou que a sétima parecia até feita especialmente para ela. Deitou-se rezou e logo adormeceu.
Ao anoitecer, os donos da casinha entraram. Eram sete anões que mineravam ouro na montanha próxima. Acenderam as sete lâmpadas existentes e logo perceberam que alguém havia entrado na casa e mexido em coisas.
O que havia entrado primeiro gritou:
- Alguém sentou-se na minha cadeira! E o segundo disse: Alguém comeu no meu prato! E o terceiro disse: Alguém tomou a minha sopa! E o quarto disse: Alguém buliu no meu garfo! E o quinto disse: Alguém pegou minha colher! E o sexto disse: Alguém sentou na minha cadeira! E o sétimo disse: Alguém bebeu o meu vinho!
Em seguida, o primeiro anão, olhando em volta, exclamou, ao ver a sua cama desarrumada:
- Alguém esteve deitado na minha cama!
Imediatamente, todos olharam para as suas respectivas camas e verificaram que a mesma coisa havia sucedido: alguém havia estado em cada uma das camas! Nisso, o sétimo descobriu a menina a dormir na sua cama. Ficou muito admirado do encontro e chamou os companheiros, os quais correram de lâmpadas na mão para ver a menina.
- Como é bela!, exclamaram todos ao mesmo tempo. E tão contentes ficaram, que não tiveram ânimo de acorda-la. O sétimo anão, que ficara sem cama para dormir, dormiu uma hora na cama de cada um e assim a noite se passou.
Ao amanhecer, Branca de Neve, logo ao despertar, ficou admiradíssima de ver ali aqueles anõezinhos, mas não sentiu medo nenhum porque todos sorriam para ela. Um deles perguntou como se chamava.
- Branca de Neve, respondeu ela e contou-lhes que havia sido mandada para floresta pela má rainha a fim de ser morta pelo caçador, só escapando graças à piedade deste, e que, afinal, depois de um dia inteiro de caminhada, viera ter àquela casinha, onde entrara com esperança de encontrar moradores de bom coração. Quando concluiu a sua triste história, os anões lhe perguntaram:
- Quer ficar aqui tomando conta da nossa casa, cuidando da comida e da nossa roupa? Se aceitar, nada faltará nunca a você.
- Com grande prazer!, respondeu Branca de Neve, muito contente de ver-se livre dos perigos da floresta.
E ficou. De manhã, os anões saíam a minerar ouro pelas montanhas e ao voltarem toda noite encontravam tudo arrumadinho, com o jantar posto na mesa. Mas como Branca tinha de ficar só na casa durante o dia, os anões avisaram-na que tivesse muito cuidado em não deixar entrar ninguém, porque senão a madrasta má poderia descobrir tudo e persegui-la de novo.
Enquanto isso, a rainha, lá no palácio, depois de haver comido o coração do porco-do-mato que o caçador lhe levara como se fosse o coração da menina, dirigiu-se ao espelho, certa de que a sua resposta ia ser a mesma dos primeiros tempos.
Ó espelho, dizei-me ainda,
Das melhores qual a mais linda?
Mas a resposta não foi a esperada e, sim, esta:
Já fostes a mais bela, rainha donairosa, Mas hoje, bem longe, no sombrio mato,
Vive Branca de Neve, agora a mais formosa, Com pequeninos anões, à beira dum regato.
Aquela resposta deixou a rainha furiosa, pois sabia que era a verdade pura. Percebeu logo que o caçador a havia enganado e que portanto Branca de Neve ainda vivia. Pôs-se a pensar no melhor meio de libertar-se da enteada, pois que o ciúme não lhe daria sossego enquanto Branca vivesse. Finalmente, teve uma idéia. Pintou o rosto, disfarçou-se de vendeira (dona de venda, vendedora) ambulante, de modo que ninguém a reconhecesse, e foi direitinho à casa dos anões. Lá bateu: toc, toc, toc.
- Não quer comprar lindas fitas de seda?, perguntou a traidora logo que Branca de Neve apareceu à janela. Tenho aqui uma linda coleção de peças de todas as cores e de todos os padrões. Você ainda ficará mais linda se usar estas fitas no cabelo e na cintura. Venha aqui fora, para vê-las.
De nada suspeitando e tentada pela beleza das fitas, Branca de Neve saiu e deixou que a vendeira lhe amarrasse nos cabelos uma fita. Súbito, a mulher agarrou-a e amordaçou-a, antes que ela pudesse dar um só grito. Aquele repentino assalto fez a menina perder os sentidos e cair no chão como morta.
A rainha, julgando que ela de fato tivesse morrido, disse consigo, muito satisfeita:
- Agora tenho a certeza de que sou outra vez a mais bela!, e voltou para o palácio.
Quando nessa noite os anõezinhos entraram, foi grande a aflição deles ao darem com a menina desfalecida ou morta, não sabiam, pois não respirava, nem fazia o menor movimento. Levantaram-na do chão; vendo a fita com que fora amordaçada, cortaram- na, e tudo fizeram para que voltasse a si. Foi o que aconteceu. Em poucos minutos, Branca deu o primeiro sinal de vida, depois abriu os olhos e afinal pôde falar e contar o que havia acontecido.
- Bem, nós avisamos você!, disseram os anõezinhos. A vendeira de fitas não era outra senão a sua madrasta má, assim disfarçada. De agora em diante, tome mais cuidado e desconfie de todos que aparecerem por aqui.
Assim que a rainha chegou ao palácio, foi correndo consultar o espelho mágico.
Ó espelho, dizei-me ainda,
Das melhores qual a mais linda?
E o espelho respondeu:
Já fostes a mais bela, rainha donairosa, Mas hoje, bem longe, no sombrio mato,
Vive Branca de Neve, agora a mais formosa, Com pequeninos anões, à beira dum regato.
Ao ouvir tais palavras, a rainha quase estourou de ódio, pois queriam dizer que ela se enganara e Branca de Neve ainda vivia.
- Hei de mata-la!, esbravejou a madrasta má. Hei de descobrir um jeito.
Pensou, pensou, pensou. Depois disfarçou-se de viúva e, arranjando um pente venenoso, foi outra vez à casa dos anõezinhos, onde bateu, toc, toc, toc.
Branca apareceu à janela e disse:
- Siga seu caminho, minha velha. Não posso abrir a porta para ninguém.
- Olhe só este lindo pente, disse a velha, mostrando o pente venenoso, que era uma maravilha de beleza. Tão lindo, realmente, que Branca não resistiu: comprou-o.
- Agora deixe-me entrar, disse a velha, para ensinar a você como deve pentear-se com o lindo pente.
Branca mais uma vez esqueceu-se das recomendações dos anões e deixou-a entrar. A velha imediatamente cravou-lhe o pente na cabeça, fazendo-a cair no chão como morta.
- Desta vez não me escapa!, murmurou a rainha disfarçada de velha. Estou para sempre livre de sua maldita beleza.
Felizmente, os anõezinhos, ao regressarem, viram a menina de novo desacordada e, desconfiando que seria outra malvadeza da madrasta má, puseram-se a examina-la. Descobriram o pente cravado em sua cabeça, e, ao retirá-lo, viram que ela se reanimava. Branca então contou o que havia se passado.
- Pois aprenda, disseram os anões, e nunca mais abra a porta para quem quer que seja, velha ou moça.
Enquanto isso, a rainha chegava ao palácio e corria ao espelho para consultá-lo. A resposta foi a mesma da última vez, o que muito a desapontou, fazendo-a cair num acesso de cólera ainda mais violento do que todos os que havia tido. Jurou então que não sossegaria antes de dar cabo da odiada rival. Pensou, pensou, pensou. Depois envenenou, muito bem envenenada, uma maça e, disfarçando-se de camponesa, foi bater à porta da casa dos anões.
- Tenho ordens de não deixar ninguém entrar, disse-lhe Branca da janela.
- Não faz mal, respondeu a camponesa. Sou vendedora de maçãs e amanhã voltarei com uma cesta delas. Por hoje só deixo uma, como amostra.
- Não tenho ordem de aceitar coisa nenhuma, disse Branca de Neve.
- Tem medo de que seja venenosa?, perguntou a camponesa com cara inocente. Que bobagem! Vou parti-la em duas metades e comerei uma para mostrar que a maçã é muito boa.
E assim fez. Partiu a maçã em duas metades e comeu uma delas (justamente a metade que não tinha veneno). Branca, que desde que viera morar na casa dos anões não havia comido uma só maçã, sentiu água na boca e não pôde resistir à tentação. Vendo a mulher comer a metade da fruta, de nada desconfiou e estendeu a mão para pegar a outra metade. Mas assim que deu a primeira dentada, caiu no chão como morta.
Muito contente da vida, a rainha disfarçada de camponesa exclamou:
- Branca como a neve, corada como o sangue, de cabelos negros como o ébano! A princesinha que era assim já não existe mais e desta vez os anões nada conseguirão.
E voltou correndo ao palácio para consultar o espelho.
Ó espelho, dizei-me ainda
Das mulheres, qual a mais linda?
E o espelho respondeu:
Sois vós, bela rainha!
O seu coração invejoso acalmou-se e ela finalmente sossegou.
Quando os anões voltaram e viram Branca de Neve caída no chão, pela terceira vez tudo fizeram para revivê-la, como antes. Pentearam-na para ver se descobriam qualquer coisa em sua cabeça. Por fim, convenceram-se de que estava realmente morta.
Tinham de enterra-la, mas como enterra-la assim? Branca, apesar de morta, e bem morta, mostrava-se tão fresca e corada como se estivesse viva.
- Não podemos enterra-la na terra fria, disseram entre si os anões. E arranjaram um caixão de cristal, onde a depuseram, com uma inscrição em letras de ouro na qual contavam a sua vida. Puseram esse caixão sobre uma rocha ali perto e todos os dias um deles ficava a vigiá-lo. Até os pássaros choraram a morte de Branca; até as corujas e os corvos!
Durante muito tempo, Branca de Neve permaneceu no caixão de cristal, sem mudar de aspecto, como se estivesse dormindo, pois continuava branca como a neve, corada como o sangue e com os cabelos negros e brilhantes como o ébano.
Aconteceu, porém, que um príncipe, estando a caçar por aquela floresta, veio pedir pouso em casa dos anões. Não encontrando ninguém, deu volta em redor da casa e viu a rocha com o caixão de cristal em cima.
- Querem vender-me esse caixão?, perguntou ao anão que estava de guarda. Darei quanto quiserem.
- Não o venderemos nem por todo o ouro do mundo, foi a resposta recebida.
- Nesse caso, permitam-me que o leve, pois, como não posso viver sem Branca de Neve, guardarei toda a vida o seu corpo em meu palácio.
Vendo o profundo amor que o príncipe dedicava à jovem, os anões permitiram que ele levasse consigo o caixão de cristal. O príncipe tomou-o nos ombros e lá se foi. De repente, esbarrou com os pés numa pedra, tropeçou e derrubou-o. Com o baque, o pedaço de maçã envenenado, que ainda estava na boca da menina, saltou fora e ela imediatamente reviveu.
- Onde estou?, disse, abrindo a tampa do caixão e pondo-se de pé.
- Ao lado do príncipe que a adora e que só se casará se Branca de Neve quiser casar-se com ele.
E ambos, muito alegres, contaram um ao outro tudo o que havia acontecido até ali. Em seguida, dirigiram-se ao palácio, onde o casamento foi celebrado com a maior pompa que ainda se viu.
Aconteceu que a madrasta má foi também convidada; ao preparar-se para a festa, parou diante ao espelho e pela última vez lembrou-se de perguntar:
Ó espelho, dizei-me ainda,
Qual das mulheres a mais linda?
E o espelho respondeu:
Já fostes a mais bela, rainha donairosa,
Porém agora a noiva do príncipe é a mais formosa.
A rainha ficou tão furiosa, que quebrou tudo quanto havia no quarto, inclusive o espelho. A princípio resolveu não ir ao casamento; mas, não podendo resistir à tentação de conhecer a nova rainha, foi. Ao entrar no salão da festa, reconheceu logo na noiva a sua detestada Branca de Neve. Seu espanto foi tamanho, que não pôde sair do lugar.
Descoberta a sua perversidade, veio o castigo: dançar com uns sapatos de ferro até cair morta. Bem feito!
NOME ORIGINAL: Mamãe nevada
- Spoiler:
Uma viúva tinha duas filhas, uma bela e trabalhadora, a outra feia e preguiçosa. Ela mimava a feia, e preguiçosa, por que era sua própria filha. E a outra tinha que ter todo o trabalho para si, era a Cinderella da casa.
Todos os dias a pobre garota tinha que se sentar ao lado do poço, próximo de uma estrada, e girar tanto [Uma roca eu imagino] que seus dedos sangravam. Aconteceu um dia que o carretel estava completamente ensangüentado, então ela o mergulhou no poço para lavá-lo, mas deixou cair de sua mão e ele caiu até o fundo. Ela chorou, correu para sua madrasta e contou o que aconteceu. Ela a xingou severamente, e foi tão sem piedade que disse, “Como você deixou cair o carretel cair, você deve pegá-lo de volta.”
Então a garota voltou para o poço sem saber o que fazer. Aterrorizada, ela pulou dentro dele para pegar o carretel. Mas antes disso, perdeu os sentidos. E quando ela acordou e voltou para os sentidos, ela estava em um lindo campo com o sol brilhando, e haviam milhares de flores. Ela caminhou pelo campo e chegou a um grande forno de pães. Os pães chamaram, "Oh, nos tire daqui. Tire-nos daqui, ou iremos queimar. Eu fiquei muito tempo assando." Então ela foi lá e com a habilidade de um padeiro retirou tudo de uma vez, porção por porção.
Após isso ela andou mais adiante e chegou em uma macieira carregada. "Me balance, me balance. Se não todas nos maças iremos apodrecer." Chorou a árvore. Então ela balançou a árvore até que todas as maças caíram no chão como se chovesse maças. Quando nenhuma restou na árvore, ela as colocou em uma pilha e continuou o caminho.
Finalmente ela chegou a uma pequena casa. Uma velha mulher a espiava de dentro dela. Tinha dentes grandes, os quais amedrontaram a pequena garota, e ela queria fugir dali. Mas a velha mulher a chamou de volta, “Não fique com medo criança. Fique aqui, e trabalhe em minha casa com esmero, isso fará bem para você. Você só precisa fazer bem minha cama e balançar com determinação até que as penas voem, então irá nevar no mundo. Eu sou Frau Holle.”
Porque a velha senhora tinha falado de forma tão gentil com ela, a garota tomou coragem, aceitou, e começou seu serviço. A jovem cuidou de tudo para a satisfação da Frau Holle e sempre balançava seu travesseiro de forma tão vigorosa que as penas voavam como flocos de neve. Por isso ela tinha uma boa vida: Sem palavras maldosas, e carne de panela ou assada todos os dias.
Depois de ela ficar com a Frau Holle por um tempo, ela ficou triste. No início ela não sabia o que havia de errado com ela, mas finalmente percebeu que estava com saudades de casa. Apesar de que aquele lugar era milhares de vezes melhor que sua casa, ela ainda queria voltar. Finalmente disse a velha senhor, “Eu tenho saudades de casa, mesmo que eu esteja melhor aqui, eu não posso ficar mais. Eu tenho que voltar para minha família.”
Frau Holle disse, “ Eu estou agradecida que você quer voltar de novo para sua casa, e por que você me serviu tão bem, eu mesma irei te levar de volta.” Com isso ela segurou a mão da jovem e a levou até um grande portão.
O portão foi aberto, e enquanto a garota ficou parada embaixo dele, uma gigantesca chuva de ouro caiu, e o ouro grudou nela, de forma que ficou completamente coberta com ele. “Isto é seu porque você foi tão empenhada.” Disse a Frau Holle, e ao mesmo tempo ela deu o carretel que havia caído no poço.
Com isso o portão se fechou e a garota se viu de volta sobre a terra, não longe da casa de sua mãe. Quando ela entrou no quintal, o galo que estava em cima do poço, gritou:
Cock-a-doodle-doo,
Nossa garota dourada voltou.
Então ela entrou na casa procurando por sua mãe, e quando ela chegou, coberta de outro, foi muito bem recebida tanto pela mãe, como pela irmã. A jovem contou tudo o que acontecera a ela, e quando a mãe ouviu isso e como ela tinha ficado extremamente rica, ela queria a mesma sorte para a outra, fia e preguiçosa filha. Ela fez com que ela se sentasse pelo poço e operasse a roca. Até fazer o carretel enche-se de sangue, a garota preguiçosa machucou seus dedos em um arbusto espinhento. Então ela jogou o carretel no poço, e pulou dentro.
Como a outra garota, ela também chegou no belo prado e caminhou o mesmo caminho. Quando chegou ao forno dos pães, eles gritaram mais uma vez, “Oh, nos tire daqui. Tire-nos daqui, ou iremos queimar. Eu fiquei muito tempo assando."
Mas a preguiçosa respondeu, “Como se eu quisesse ficar toda suja.” E saiu dali.
Logo ela chegou até a macieira. Ela chorou, “Oh, Me balance. Me balance. Se não todas nós maças vamos apodrecer”
Mas ela respondeu, “Ah sim, uma poderia cair na minha cabeça” E com isso saiu dali.
Quando ela chegou na casa da Frau Holle, ela não estava com medo, afinal ela já sabia dos grandes dentes , e ela imediatamente começou a trabalhar para ela. No primeiro dia ela se esforçou, e obedeceu a Frau Holle quando era ordenada, por que pensava em todo o outro que iria ganhar. Mas no segundo dia ela começou a ficar preguiçosa, no terceiro dia ainda mais, ela nem ao menos queria acordar cedo pela manhã. Ela não fez a cama para a Frau Holle da forma que deveria, e não balançou até que as penas voassem. Frau Holle logo ficou cansada disso e mandou ela embora. Era tudo o que a garota preguiçosa queria, pois ela pensava que agora iria ganhar uma chuva de ouro.
Frau Holle a levou até o portão. Deixou-a embaixo dele, mas ao invés de outro, uma grande quantidade de piche caiu sobre ela. “Essa é a recompensa pelos seus serviços,” Disse Frau Holle, e fechou o portão.
Então a garota preguiçosa voltou para casa completamente coberta de piche. Logo que o galo viu ela gritou:
Cock-a-doodle-doo,
Nossa garota suja está de volta.
E o piche ficou tão preso nela, que não saiu por toda a sua vida.
Em minha opinião esse conto de fadas é exatamente igual à Sei to Shi. Poucos detalhes mudam do conto para a música. E também foi após que eu o li que entendi boa parte da música. Além disso, algumas teorias podem ser construídas e melhores entendidas tendo com base na história original.
A tradução está pobre, eu admito, afinal demorei menos de uma hora para traduzir. Mas ainda dá para captar a essência do texto. Quem puder ajudar revisando eu aceito a ajuda. Mas nos proximos dias eu devo revisar, e então ficará em um nível aceitável.
Acredito que todos aqui também conheçam a história da bela adormecida. Grande parte se deve ao clássico da Disney. Mas para aqueles que não conhecem achei uma versão que é atribuida aos Irmãos Grimm. Esse texto que se segue, eu não tenho como verificar se é realmente o original. Mas assim que colocar as mãos no livro dos irmãos Grimm irei verificar.
Essa realmente é a versão dos irmãos Grimm, igual a que se encontra no livro. De todos os contos de fada, o único que nenhum dos personagens principais sobre alguma consequência bizarra. Porém, o site que a Bayu forneceu dá uma versão um pouco diferente da história, provavelmente uma que devia ser passada pela boca do povo na época. Porém, como falei no início do tópico, a versão mais confiável ainda é a dos irmãos Grimm pois possui um registro e é imutável com o tempo.
Versão 1:
- Spoiler:
- Há muito tempo, viviam um rei e uma rainha que todos os dias diziam: "Ah, se nós tivéssemos uma criança!", e nunca conseguiam uma. Aí aconteceu que, uma vez em que a rainha estava se banhando, um sapo rastejou para fora da água e lhe disse "Seu desejo será realizado; antes que se passe um ano, você dará à luz uma menina". Aquilo que o sapo dissera aconteceu, e a rainha teve uma menina que era tão formosa que o rei mal se continha de felicidade, e preparou uma grande festa. Ele não apenas convidou seus parentes, amigos e conhecidos, como também as fadas, a fim de obter suas boas graças para a criança. Havia treze delas em seu reino, mas como ele só possuía doze pratos de ouro, nos quais elas poderiam comer, uma delas teria de ficar em casa. A festa foi celebrada com toda a pompa e, quando chegou ao fim, as fadas presentearam a criança com dotes mágicos: uma com a virtude, outra com a formosura, a terceira com riqueza, e assim com tudo o que há de desejável no mundo. Quando onze já tinham falado, entrou de repente a décima terceira. Ela queria se vingar por não ter sido convidada e, sem cumprimentar ou mesmo olhar para quem quer que seja, exclamou aos brados: "A princesa deverá espetar-se em um fuso quando tiver quinze anos, e cair morta." E sem dizer mais nada, virou as costas e deixou o salão. Todos estavam assustados, e então adiantou-se a décima segunda, que ainda não tinha feito seu desejo, e como não podia anular a maldição, mas apenas abrandá-la, ela disse: "A princesa não morrerá, apenas cairá em um sono profundo que durará cem anos."
O rei, que queria salvar sua querida criança do infortúnio, ordenou que todos os fusos do reino inteiro fossem queimados. Na menina, entretanto, realizaram-se plenamente todos os dons das fadas, pois ela era tão bela, educada, gentil e sensata que todos que a viam não podiam deixar de gostar dela. Sucedeu que, justamente no dia em que ela completava quinze anos, o rei e a rainha não estavam em casa, e a menina estava sozinha no castelo. Ela andou então por todos os cantos, examinou à vontade aposentos e câmaras, e finalmente chegou até uma velha torre. Subiu a estreita escada em espiral e deparou-se com uma pequena porta. Na fechadura havia uma chave enferrujada e, quando ela a girou, a porta se abriu de um só golpe e lá, em um quartinho, estava sentada uma velha com um fuso, fiando diligentemente seu linho. "Bom dia, velha mãezinha", disse a princesa, "o que você está fazendo aí?" "Eu estou fiando," disse a velha, e balançou a cabeça. "O que é isto, que pula tão alegremente?" perguntou a menina, e pegou o fuso querendo também fiar. Mal ela tinha tocado o fuso, a maldição se realizou, e ela espetou-se no dedo.
Mas, no mesmo instante em que foi picada, ela caiu na cama que ali estava, e foi tomada de um profundo sono. E este sono estendeu-se por todo o castelo: o rei e a rainha, que tinham acabado de chegar e entrado no salão, começaram a dormir, e com eles toda a Corte. Dormiram então também os cavalos no estábulo, os cachorros no pátio, as pombas no telhado, as moscas na parede, e até o fogo, que chamejava no fogão, ficou imóvel e adormeceu, e o assado parou de crepitar, e o cozinheiro, que queria puxar seu ajudante pelos cabelos porque ele havia feito uma coisa errada, soltou o menino e dormiu. E o vento assentou-se, e nas árvores defronte ao castelo nem uma folhinha se movia.
ao redor do castelo começou porém a crescer uma cerca de espinhos, que a cada ano ficava mais alta e que, por fim, estendeu-se em volta de todo o castelo e cobriu-o de tal forma que nada mais se podia ver dele, nem mesmo a bandeira sobre o telhado. Começou então a correr no país a lenda da bela adormecida, pois assim era chamada a princesa, de modo que de tempos em tempos chegavam príncipes que tentavam penetrar no castelo através da cerca viva. Mas nenhum deles conseguiu, pois os espinhos estavam tão entrelaçados como se tivessem mãos, e os jovens ficavam presos neles e não conseguiam se soltar, sofrendo uma morte lastimável. Depois de muitos anos, chegou mais uma vez um príncipe ao reino e ouviu quando um velho contava da cerca de espinhos, e que havia um castelo atrás dela, no qual uma linda princesa, chamada Bela Adormecida, já dormia há cem anos, e com ela dormia o rei e a rainha e toda a corte. Ele também sabia pelo seu avô que muitos príncipes já haviam vindo e tentado penetrar pela cerca viva de espinhos, mas haviam ficado presos nela e morrido tristemente. O jovem então disse: "Eu não tenho medo, eu quero ir lá e ver a Bela Adormecida." O bom velho tentou dissuadi-lo de todos os modos, mas ele não deu ouvidos às suas palavras.
Mas agora os cem anos tinham justamente acabado de transcorrer, e havia chegado o dia em que Bela Adormecida deveria acordar. Quando o príncipe se aproximou da cerca de espinhos, estes não eram agora mais do que flores grandes e bonitas que por si sós se abriram e o deixaram passar ileso, e se fecharam atrás dele, formando novamente uma cerca. No pátio do castelo ele viu os cavalos e os cães de caça malhados deitados e dormindo, no telhado estavam pousadas as pombas, e tinham a cabecinha metida debaixo da asa. E quando ele entrou na casa, as moscas dormiam na parede, o cozinheiro na cozinha ainda levantava a mão como se quisesse agarrar o menino, e a criada estava sentada diante da galinha preta que deveria ser depenada. Ele então continuou andando, e avistou no salão toda a corte deitada e dormindo, e lá em cima, perto do trono, estavam deitados o rei e a rainha. Aí ele continuou andando ainda mais, e tudo estava tão quieto que se podia ouvir sua respiração, e chegou finalmente à torre e abriu a porta do quartinho, no qual Bela Adormecida dormia. Lá estava ela deitada, e era tão bela que ele não conseguia desviar os olhos, e ele se inclinou e beijou-a. Quando ele a tinha tocado com os lábios, Bela Adormecida abriu os olhos, acordou e olhou para ele amavelmente. Então os dois desceram, e o rei acordou, e a rainha e toda a corte, e se olharam espantados. E os cavalos no pátio se levantaram e se sacudiram; os cães de caça pularam e abanaram suas caudas; as pombas no telhado tiraram a cabecinha de sob a asa, olharam ao redor e voaram para o campo; as moscas nas paredes recomeçaram a rastejar; o fogo na cozinha levantou-se, chamejou e cozinhou a comida; o assado voltou a crepitar; e o cozinheiro deu um tamanho tabefe no menino que este gritou; e a criada terminou de depenar a galinha. E aí foram festejadas com todas as pompas as bodas do príncipe com a Bela Adormecida, e eles viveram felizes até o fim.
Ok, vamos as curiosidades. Com uma rápida pesquisada pela wikipedia podemos perceber que esse é uma daquelas histórias aonde o escritor se baseia em uma pessoa poderosa da época (Drácula, alguém?). Dizem que foi baseada em um assassino chamado de Guiles Rais. Existem especulações que fazem parte de registros escritos por um "padre." Descrevem um aristocrata que supostamente assinou todas as ex mulheres quando elas estavam grávidas. Sua quarta esposa foi supostamente avisada pelos fantasmas das outras , mas como em toda a boa história ela também fica grávida e é morta. Ai que entra um novo personagem, São Gidas que a ressuscita e faz com que todo o castelo dele desabe. O.O
Além disso, esse comodor era acreditado ser um Lobisomem. Agora eu pergunto. Como esse cara conseguiu casar 4 vezes!? O.O"
- Spoiler:
Era uma vez um homem muito rico, possuía muitas propriedades, todas com belíssimos palácios, na cidade e no campo. Tudo que tinha dentro de seus palácios era belo e suntuoso, suas baixelas eram de ouro e prata, as cadeiras eram estofadas com tapeçarias, as carruagens recobertas de ouro. Mas apesar de toda sua riqueza ele tinha uma tristeza, sua barba era azul, e isso o tornava tão feio que todas as mulheres e moças fugiam quando se deparavam com ele.
Nas redondezas vivia uma nobre dama que tinha duas filhas e quatro filhos, e ninguém sabia dizer qual delas era mais bela. O homem pediu a essa senhora que lhe concedesse a mão de uma de suas filhas, e deixou que ela mesma escolhesse qual das duas lhe daria. O pedido não agradou a nenhuma das duas, que ficaram empurrando o pedido de uma para a outra, pois nenhuma delas queria se casar com um homem de barba azul. O que tornava a situação mais difícil e as moças mais descontentes é que este homem já se casara muitas vezes antes e ninguém sabia o que fora feito das antigas esposas.
Para conquistar sua amizade, Barba Azul levou as moças, os irmãos e a mãe, algumas amigas delas e mais alguns rapazes conhecidos na cidade para uma estadia em uma de suas casas de campo. Ficaram lá por mais de uma semana, e para sua surpresa divertiram-se muito, fizeram incansáveis passeios, pescarias, caçadas, piqueniques, danças, banquetes e ceias. À noite pregavam peças uns nos outros e era tão divertido que mal viam a noite passar. Por fim foi tudo tão agradável que a filha caçula, Leonora, começou a se envolver com ele, achando-o um perfeito cavalheiro, um homem maravilhoso, e que aquela barba não era assim tão feia. Assim que retornaram à cidade o casamento foi realizado.
Um mês se passou na mais perfeita calma e alegria até que um dia Barba Azul disse à mulher que precisava viajar para tratar de negócios importantes na cidade próxima. Demoraria pelo menos seis semanas. Insistiu que ela se divertisse na sua ausência. Se lhe agradasse poderia receber suas amigas e passar com elas um tempo na casa de campo.
Entregou à esposa uma grande argola cheia de chaves e foi descrevendo a porta que cada uma delas abria: “ Estas são as chaves dos dois grandes depósitos, estas são as dos meus cofres-fortes onde estão guardados todo nosso ouro e nossa prata, esta outra é onde estão as baixelas de ouro e prata que não são de uso diário, essa a do quarto onde guardo todas as jóias, e aqui está a chave mestra de todos os aposentos do palácio. Por último tem essa chave pequenina, é a chave do gabinete da grande galeria do térreo. Você é livre para abrir qualquer porta e para entrar onde quiser, mas proíbo-lhe terminantemente de entrar nesse quartinho e, se abrir nem que seja uma pequena fresta dessa porta nada neste mundo poderá protegê-la da minha ira.
Leonora prometeu que obedeceria estritamente as suas ordens, que não precisava se preocupar. Barba Azul lhe deu um beijo de despedida, entrou na carruagem e partiu rumo aos seus negócios.
As amigas da recém-casada, ansiosas por conhecer o fausto do palácio não pensaram duas vezes quando esta lhes fez o convite. Enquanto o marido estava por lá elas não ousavam se aproximar, pois aquela barba azul as amedrontava. Sem perda de tempo começaram a explorar tudo que encontravam, os salões ricamente decorados, os gabinetes, os quartos, os guarda-roupas cada um mais suntuoso que o outro, ficando boquiabertas diante de tanta riqueza e de tanta beleza, tapeçarias, camas, sofás, pratarias, cristaleiras e cristais, tecidos, baixelas, louças das mais finas, etc.Havia espelhos em que a pessoa podia se ver da cabeça aos pés. Alguns espelhos tinham moldura de vidro, outros de prata, outros eram bisotados, e todos eram os mais bonitos e magníficos que já tinham visto.
As convidadas estavam para morrer de inveja da amiga. Esta, porém, não conseguia se divertir com nada, nem com a companhia das amigas, nem com sua vida luxuosa, pois em seu pensamento só uma coisa existia: abrir o gabinete do andar térreo. Estava tão atormentada por sua curiosidade que, sem nem se aperceber que era uma falta da anfitriã abandonar suas convidadas sozinhas, desceu por uma escadinha secreta, e tão depressa que por duas ou três vezes quase rolou pelos degraus abaixo. Por fim chegou à porta do gabinete e parou, considerando quais poderiam ser as conseqüências de eu ato, desobedecendo a veemente proibição do marido. Mas a tentação era grande demais e a venceu. Tremendo de emoção pegou a chavezinha e abriu a porta.
Não conseguia enxergar nada, as janelas estavam fechadas. Aos poucos seus olhos foram se acostumando à escuridão e começou a perceber que o assoalho estava todo recoberto por sangue coagulado, e que naquele sangue se refletiam os cadáveres de muitas mulheres mortas, as antigas esposas do Barba Azul, dependuradas ao longo das paredes, degoladas e enfileiradas num espetáculo macabro e aterrador.
Ficou paralisada de pavor e, ao puxar a chave da fechadura, esta caiu de sua mão trêmula. Respirou fundo, apanhou a chave, trancou a porta e subiu ao seu quarto para recobrar a calam. Esforço em vão, seus nervos estavam em frangalhos, naquele momento nada conseguiria tranqüilizá-la. Foi aí que olhou a pequena chave do gabinete macabro e notou que ela ficara manchada de sangue.Esfregou-a com seu lenço duas ou três vezes, mas o sangue não saia, parecia estar impregnado na chave. Tentou lavá-la e esfregá-la com areia, sabão e com todo material de limpeza que encontrou, mas o sangue não saía, pois a chave era encantada e não havia meio comum que pudesse remover àquela mancha. Bastava limpar o sangue de um lado da chave que ele reaparecia no outro lado.
Naquela mesma noite Barba Azul chegou de viagem dizendo que seus negócios se resolveram antes do que ele pensava, auferindo grandes lucros. Leonora fez tudo que pôde para lhe demonstrar que estava radiante com seu rápido regresso. Na manhã seguinte ele pediu as chaves de volta e ela as devolveu, mas suas mãos tremiam tanto que facilmente ele entendeu tudo que acontecera na sua ausência.
“Onde está a chave do gabinete”, perguntou, “por que não está junto com as outras ?”
“Acho que a esqueci lá em cima, na mesinha do quarto”.
“Não esqueça de devolvê-la logo mais”, disse Barba Azul.
Leonora tentou o quanto pode esquivar-se de devolver a chave, até que não foi mais possível. O marido recebeu a chave e após examiná-la muito bem perguntou à mulher:
“Por que a chave está manchada de sangue?”
“Não tenho a menor idéia”, respondeu a pobre mulher, trêmula e pálida.
“Não tenho a menor idéia”, replicou Barba Azul, “mas eu tenho”. Você me desobedeceu e entrou no gabinete! Pois agora entrará ali e não mais sairá, você tomara seu devido lugar ao lado das damas que lá já estão.
Em prantos a pobre se atirou aos pés do marido implorando seu perdão, jurando arrependimento. Teria comovido um rochedo o seu sofrimento. Mas Barba Azul tinha o coração mais duro que um rochedo.
“Você precisa morrer”, o perverso lhe disse, “e imediatamente”.
“Já que não há escapatória”, ela respondeu, fitando-o diretamente nos olhos, “me dê algum tempo para que eu possa fazer minhas orações”.
“Dou-lhe um quarto de hora”, disse o marido, “mas nem um segundo a mais.”.
Quando ficou sozinha chamou Ana, sua irmã mais velha que estava passando uns dias na casa, contou o que sucedera e disse: “minha irmã, suba no alto da torre e veja se nossos irmãos estão chegando. Eles me prometeram me fazer uma visita ainda hoje. Assim que os vir faça um sinal para que se apressem.”.
Muito aflita Ana subiu rapidamente ao alto da torre e de vez em quando a pobre Leonora desesperada perguntava: “Ana, querida irmã, não está vendo ninguém chegar?”.
E a irmã respondia: “Só vejo o sol ofuscante e o capim verdejante”.
Nesta hora Barba Azul, visivelmente transtornado e com um cutelo nas mãos, gritou para a mulher a plenos pulmões:
“Desça já, ou subirei aí para buscá-la”.
“Um momento mais, por favor, ainda não acabei de rezar”, a mulher lhe respondeu, e logo perguntou baixinho:
“Ana, querida irmã, não está vendo chegar ninguém?”
E a irmã respondeu:
“Só vejo o sol ofuscante e o capim verdejante”.
“Trate de descer depressa, ou subirei aí para buscá-la”.
“Já vou! Respondeu Leonora, e implorou:
“Ana, querida irmã, não está vendo chegar ninguém?”
“Estou vendo”, ela respondeu, “vejo quatro cavaleiros que vêm para este lado, mas ainda estão muito longe...Deus seja louvado!” ela exclamou aliviada. “São os nossos irmãos. Estou fazendo todos os sinais que posso para que acelerem o passo.”
Barba Azul completamente enfurecido se pôs a gritar tão alto que toda a casa tremeu. A infeliz esposa desceu e jogou-se a seus pés, debulhando-se em lágrimas, toda descabelada.
“Nada que você faça poderá me comover”, disse Barba Azul, “Você tem de morrer.”
Com uma das mãos agarrou-a pelos cabelos e com a outra ergueu o cutelo no ar, pronto para lhe cortar a cabeça. Leonora voltou-se para ele com os olhos repletos de lágrimas e suplicou que lhe desse um momento para que se preparasse.
Com um olhar duro e a voz mais dura ainda ele respondeu: “Não. Recomende a alma a Deus, pois sua hora chegou.” E erguendo o braço...
Nesse instante bateram à porta com tanta força que Barba Azul ficou simplesmente paralisado. A porta foi arrombada com violência e por ela entraram quatro soberbos cavaleiros que, empunhando a espada, correram diretamente para Barba Azul. Reconhecendo os irmãos de sua mulher, dois dragões, os dois outros mosqueteiros, ele saiu correndo para salvar a própria pele. Mas os quatro irmãos, ágeis e bem treinados, o perseguiram tão de perto que facilmente o agarraram antes que esse pudesse chegar à escada. Atravessaram seu corpo com suas espadas e o deixaram cair morto. Leonora completamente extenuada mal teve forças para se levantar e abraçar os irmãos.
Como Barba Azul não tinha herdeiros sua mulher recebeu a posse de todos os seus bens. Ela empregou parte de sua fortuna para casar a irmã Ana com um jovem fidalgo que a amava há muito tempo. Parte empregou para ajudar seus quatro irmãos a ficarem muito bem de vida e para a sua mãe, que embora nobre tinha alguns problemas financeiros. Com toa sua família amparada e feliz Leonora tratou enfim de seu próprio casamento com um nobre muito direito que conheceu e por que se apaixonou, e que por também amá-la muito a fez esquecer tudo o que sofrera nas mãos do Barba Azul.
Ok, Finalmente o último. E também a destruição dos sonhos das pessoas que imaginaram que nossa Elisabeth fosse uma personagem criada pelo Revo. Mas não é verdade, existe sim um conto que remete a história dela. Porém, acho que de todos foi o que mais sofreu alteração, e vocês verão o por quê.
Elisabeth pertence ao conto The holy woman Kummernis. Esse conto foi retirado sem motivo aparente do livro de contos de fadas dos Irmãos Grimm logo na segunda edição dele. Dessa forma, eu não consegui por minhas mãos no texto, nem em fragmentos dele. O material que tenho baseia-se nas lendas, e em boa parte da wikipedia. Então esse eu irei contar para vocês a história.
O conto se baseia em uma história verídica da Santa Wilgefortis.
O conto fala que uma vez havia uma princesa muito devotada ao seu Deus, e que para isso, iria permanecer virgem. Seu pai (o rei), é claro que não queria isso, e arranjou um casamento. Ela, para protestar pediu a Deus ajuda para que não se casasse. E FOI ATENDIDA. Mas o que recebeu foi nada mais, nada menos do que uma barba!! Sim, a nossa Elisabeth na história original cresceu uma barba digna de militante de partido comunista. O seu pai, não satisfeito, resolveu crucificá-la. Ela acabou virando uma santa e pessoas colocaram uma imagem dela na igreja.
Então um dia um músico pedia ajuda para ela. A santa ficou muito feliz, e deu a esse músico um de seus sapatos de ouro. Porém, os habitantes do vilarejo pensaram que o músico havia roubado um dos pares. Em uma última súplica esse músico se pôs de frente à estátua que estregou seu segundo sapato à ele. Então o Músico foi libertado.
Ainda não acreditou que é a Elisabeth mesmo?
Bem, abra o live e vá até a seguinte parte: 1:30:00. Observe atentamente quem está perante a imagem da Elisabeth. Sim, é um músico! Agora assista até focar os pés da estátua na hora em que o músico começa a tocar seu violino. Você pode ver que a estatua da Elisabeth está calçando apenas um sapato dourado. A volta do músico estão figurantes vestidos com a roupa do exército. E se não fosse o bastante o segundo calçado de ouro cai no chão, e nessa hora mostra a libertação do músico.
Fotos da nossa Elisabeth "Real" (Por Haruyumii)
- Spoiler:
-----------------------X----------------------
Considerações finais:
Nossa, ao todo isso demorou quase 4 horas para ser escrito, traduzido, e editado. Mas o trabalho valeu a pena, acho que é muito bom poder trazer essas informações para a comunidade. Até mesmo eu me surpreendia quando soube que a Elisabeth original tinha UMA BARBA COMUNISTA!
Espero que o pessoal goste, e que poder saber dessas coisas ajude bastante em futuras discussões o/
Edit: Esqueçam os pedidos de ajuda na revisão. Não consegui postar os links para os originais =/
Edit 2: Quem tiver material que comple
Última edição por Lukka_Star em Qui Ago 11 2011, 01:13, editado 5 vez(es)
Lukka_Star- Eru no Tenbin
- Mensagens : 739
Data de inscrição : 05/08/2011
Idade : 33
Localização : Lindo Mundo da imaginação dos unicórnios cor-de-rosa (R)
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Nossa, seu post ajuda muito, de verdade!
Eu estava procurando por cada um conto de fada, mas estava tenso de conseguir todos e postar aqui (principalmente a do fígado)
Sobre o conto da Elizabeth... Sim, é bem tenso de achar. Eu já ouvi falar de uma outra versão que não estou me lembrada agora, mas nessa versão não teve o negócio da barba, ela só foi crucificada direto.
Ah, sobre o conto da branca de neve, eu tenho o dos Irmãos Grimm em um livro que eu tenho em casa, se quiser, eu posso digitar ele. Não é muito pequeno, mas já estou acostumada a digitar coisas grandes, se isso te ajudar de alguma forma XD
E fato, Sei to Shi muda quase nada a história por cima. Tá que eu tenho umas teorias que nem tudo é o que é mas.... sim, não muda nada, praticamente. Só no caso de Sei to Shi a gente sabe do pai dela e o piche acabou traindo a Peste Negra (pelo barulho de ratos e até mesmo a imagem do rato no live andando, sem contar a bonus track que começou logo depois do término de Garasu e continuou logo em seguida do término de Sei to Shi... E que dava para ver que era a Peste Negra pela morte e etc)
O que eu gostei é que muitos dos contos que o Revo pegou, ele pegou, mas não colocou no CD simplesmente assim. Ele fez várias mudanças, tipo em João e Maria, com a freira... A do The Man from the Gallows nem preciso comentar, Garasu pode parecer bem parecido, mas no live dá pra gente interpretar a Schneewittchen totalmente diferente da do conto original, Sei to Shi com acréscimo do pai, piche com peste negra e entre outros, Bara no Tou com o negócio da Lafrenze, Barba Azul por ser apenas 6 esposas e ter o negócio da bruxa e for mais no ponto de vista da outra esposa (que pode ser a primeira ou a 5ª mas acho que é realmente a primeira) e digo apenas 6 esposas porque... vi que eram 7 em alguma versão hm.
O conto da Elizabeth foi realmente MUITO modificado... Mas em IdoIdo, a história dela é totalmente completa, digamos assim... Não tem a ver com o contos de fadas ainda, e eu acho isso interessante por algum motivo (?) tipo... O conto dela realmente só começa em Märchen mesmo.
Ah! E dá pra perceber o violinista na música mesmo, porque o Märchen, na narração do começo, menciona um. E na parte que o sapato, se não me engano há umas pessoas falando "Ah!" e o violinista fala algo como "Seijo-sama!" (ou eu escutei errado -q)
Enfim... Se quiser, eu posso digitar o conto que eu tenho aqui da Branca de Neve :3
Eu estava procurando por cada um conto de fada, mas estava tenso de conseguir todos e postar aqui (principalmente a do fígado)
Sobre o conto da Elizabeth... Sim, é bem tenso de achar. Eu já ouvi falar de uma outra versão que não estou me lembrada agora, mas nessa versão não teve o negócio da barba, ela só foi crucificada direto.
Ah, sobre o conto da branca de neve, eu tenho o dos Irmãos Grimm em um livro que eu tenho em casa, se quiser, eu posso digitar ele. Não é muito pequeno, mas já estou acostumada a digitar coisas grandes, se isso te ajudar de alguma forma XD
E fato, Sei to Shi muda quase nada a história por cima. Tá que eu tenho umas teorias que nem tudo é o que é mas.... sim, não muda nada, praticamente. Só no caso de Sei to Shi a gente sabe do pai dela e o piche acabou traindo a Peste Negra (pelo barulho de ratos e até mesmo a imagem do rato no live andando, sem contar a bonus track que começou logo depois do término de Garasu e continuou logo em seguida do término de Sei to Shi... E que dava para ver que era a Peste Negra pela morte e etc)
O que eu gostei é que muitos dos contos que o Revo pegou, ele pegou, mas não colocou no CD simplesmente assim. Ele fez várias mudanças, tipo em João e Maria, com a freira... A do The Man from the Gallows nem preciso comentar, Garasu pode parecer bem parecido, mas no live dá pra gente interpretar a Schneewittchen totalmente diferente da do conto original, Sei to Shi com acréscimo do pai, piche com peste negra e entre outros, Bara no Tou com o negócio da Lafrenze, Barba Azul por ser apenas 6 esposas e ter o negócio da bruxa e for mais no ponto de vista da outra esposa (que pode ser a primeira ou a 5ª mas acho que é realmente a primeira) e digo apenas 6 esposas porque... vi que eram 7 em alguma versão hm.
O conto da Elizabeth foi realmente MUITO modificado... Mas em IdoIdo, a história dela é totalmente completa, digamos assim... Não tem a ver com o contos de fadas ainda, e eu acho isso interessante por algum motivo (?) tipo... O conto dela realmente só começa em Märchen mesmo.
Ah! E dá pra perceber o violinista na música mesmo, porque o Märchen, na narração do começo, menciona um. E na parte que o sapato, se não me engano há umas pessoas falando "Ah!" e o violinista fala algo como "Seijo-sama!" (ou eu escutei errado -q)
Enfim... Se quiser, eu posso digitar o conto que eu tenho aqui da Branca de Neve :3
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Esse deve ser um dos tópicos mais úteis a respeito de Märchen, sério mesmo, AJUDOU BASTANTE!
Parabéns pelas pesquisas e pelo maravilhoso texto~
Sempre estive atrás da história da Buran-ko, foi de muita ajuda!
Valeu mesmo o esforço :3
Parabéns pelas pesquisas e pelo maravilhoso texto~
Sempre estive atrás da história da Buran-ko, foi de muita ajuda!
Valeu mesmo o esforço :3
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Eu não conhecia nem o conto da Buran-ko, nem da Ceui e não fazia ideia que o da Elisabeth era REALMENTE um conto.
Quando eu li o conto de Sei to Shi, a música imediatamente fez muito mais sentido pra mim do que antes, euri
Até pela parte do piche e tudo o mais. Esclareceu muitas coisas
Ótimo tópico mesmo, Star! *-* Chegou chegando já e sauigdsgduyagsd
Quando eu li o conto de Sei to Shi, a música imediatamente fez muito mais sentido pra mim do que antes, euri
Até pela parte do piche e tudo o mais. Esclareceu muitas coisas
Ótimo tópico mesmo, Star! *-* Chegou chegando já e sauigdsgduyagsd
Kira- Ori no Naka no Yuugi
- Mensagens : 1108
Data de inscrição : 01/02/2011
Idade : 32
Localização : Sempre em movimento, caçando Demônios ruivos dispostos a acabar com uma guerra por mim.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Que bom que gostaram *-*
Tive uma pequena ajuda de um guia gringo. Mas em alguns contos eles davam no nome errado, então tive que garimpar um pouco a net, mas valeu muito a pena, apesar de algumas traduções estarem ruins ainda. (Sim, adoro me criticar nisso.)
Quanto a barba da Elisabeth, existem até estátuas em igrejas reais. Só não lembro o nome de cabaça da santa que ela é. Quando der vontade eu vou atualizar o tópico com algumas imagens dela. (São coisas bem feinhas, é tipo Jesus usando um vestido)
Olha, ajudar ajuda ^^
Só não quero que precise fazer muito trabalho. Com o texto, o tópico ficaria realmente completo. Mas antes de ter que digitar, um pdf do texto já ajuda e muito, é só anexar no post.
-x-
E sim, as adaptações é que fazem as músicas ficarem mágicas. Porém, ao mesmo tempo abrem espaço para muitas interpretações diferentes. Atingem um toque de subjetividade pois elas falam não só com palavras, mas sim com a melodia em si. O que também abre espaço para muitas discussões entre si (Por exemplo, não aceito a teoria da peste negra ser o interlude entre a Sei to Shi). Além do que eu acho que a Kuroki deve ser a junção de dois contos. Só preciso descobrir o segundo conto.
Eu também acho que o Revo foi muito feliz ao escolher o conto da Elisabeth em específico para ela. Não consigo imaginar um outro conto que se encaixaria melhor no que ele queria passar com aquela música.
Acredito que eles falem Saint-sama, que seria santa. Mas só acho xD
Tive uma pequena ajuda de um guia gringo. Mas em alguns contos eles davam no nome errado, então tive que garimpar um pouco a net, mas valeu muito a pena, apesar de algumas traduções estarem ruins ainda. (Sim, adoro me criticar nisso.)
Quanto a barba da Elisabeth, existem até estátuas em igrejas reais. Só não lembro o nome de cabaça da santa que ela é. Quando der vontade eu vou atualizar o tópico com algumas imagens dela. (São coisas bem feinhas, é tipo Jesus usando um vestido)
Ah, sobre o conto da branca de neve, eu tenho o dos Irmãos Grimm em um livro que eu tenho em casa, se quiser, eu posso digitar ele. Não é muito pequeno, mas já estou acostumada a digitar coisas grandes, se isso te ajudar de alguma forma XD
Olha, ajudar ajuda ^^
Só não quero que precise fazer muito trabalho. Com o texto, o tópico ficaria realmente completo. Mas antes de ter que digitar, um pdf do texto já ajuda e muito, é só anexar no post.
-x-
E sim, as adaptações é que fazem as músicas ficarem mágicas. Porém, ao mesmo tempo abrem espaço para muitas interpretações diferentes. Atingem um toque de subjetividade pois elas falam não só com palavras, mas sim com a melodia em si. O que também abre espaço para muitas discussões entre si (Por exemplo, não aceito a teoria da peste negra ser o interlude entre a Sei to Shi). Além do que eu acho que a Kuroki deve ser a junção de dois contos. Só preciso descobrir o segundo conto.
Eu também acho que o Revo foi muito feliz ao escolher o conto da Elisabeth em específico para ela. Não consigo imaginar um outro conto que se encaixaria melhor no que ele queria passar com aquela música.
Acredito que eles falem Saint-sama, que seria santa. Mas só acho xD
Lukka_Star- Eru no Tenbin
- Mensagens : 739
Data de inscrição : 05/08/2011
Idade : 33
Localização : Lindo Mundo da imaginação dos unicórnios cor-de-rosa (R)
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Maknae escreveu:Esse deve ser um dos tópicos mais úteis a respeito de Märchen, sério mesmo, AJUDOU BASTANTE!
Parabéns pelas pesquisas e pelo maravilhoso texto~
Sempre estive atrás da história da Buran-ko, foi de muita ajuda!
Valeu mesmo o esforço :3
This.
E realmente foi bem genial essa jogada da Elizabeth com história original + conto modificado dentro da história original
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Lukka_Star escreveu:Quanto a barba da Elisabeth, existem até estátuas em igrejas reais. Só não lembro o nome de cabaça da santa que ela é. Quando der vontade eu vou atualizar o tópico com algumas imagens dela. (São coisas bem feinhas, é tipo Jesus usando um vestido)
Olha, ajudar ajuda ^^
Só não quero que precise fazer muito trabalho. Com o texto, o tópico ficaria realmente completo. Mas antes de ter que digitar, um pdf do texto já ajuda e muito, é só anexar no post
OJSAIOFSA SÉRIO!? TENSO TER ESTÁTUA ASSIM LOOOOOOOL XDD desculpa é que iusfhauif é engraçado e é XDD *apanha* Então aquela estátua do live é bem bonitinha comparada a essas LOL
Oh, então eu vou digitar sim! Só não digito agora porque to saindo daqui a pouco e não sei que horas eu volto... Mas assim que eu voltar, eu pego meu livro e começo a digitar n.n
Lukka_Star escreveu:E sim, as adaptações é que fazem as músicas ficarem mágicas. Porém, ao mesmo tempo abrem espaço para muitas interpretações diferentes. Atingem um toque de subjetividade pois elas falam não só com palavras, mas sim com a melodia em si. O que também abre espaço para muitas discussões entre si (Por exemplo, não aceito a teoria da peste negra ser o interlude entre a Sei to Shi). Além do que eu acho que a Kuroki deve ser a junção de dois contos. Só preciso descobrir o segundo conto.
Eu também acho que o Revo foi muito feliz ao escolher o conto da Elisabeth em específico para ela. Não consigo imaginar um outro conto que se encaixaria melhor no que ele queria passar com aquela música.
Acredito que eles falem Saint-sama, que seria santa. Mas só acho xD
Só por curiosidade... O que você acha que pode ter sido aquela bonus track ? Fiquei interessada agora porque... novas teorias e
E [2] total no que você disse sobre as músicas~~
Kuroki eu também pensei nisso... Mas nunca vi nenhum outro conto parecido... O que é estranho. Mas bom... Não me surpreenderia se fosse um conto bem "underground" porque... lol a gente já tem contos assim em Märchen mesmo XD
Eu também não! Aquele conto foi simplesmente perfeito pra ela~
Acho que sim... Bom se não for Saint-sama, Seijo-sama também é Santa então...dánamesmanofinal /morre
EDIT: Lol agora que vi o seu post na discussão de Märchen,ignore o troço de Sei to Shi -q *lerda*
Ah e... Suas traduções não ficaram ruins não! Eu gostei muito, de verdade
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Estátuas da Elisabeth barbuda devem ser a visão do Armageddon. Ainda bem que o Revo teve bom senso de omitir a barba e--
Kira- Ori no Naka no Yuugi
- Mensagens : 1108
Data de inscrição : 01/02/2011
Idade : 32
Localização : Sempre em movimento, caçando Demônios ruivos dispostos a acabar com uma guerra por mim.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Acho que eu gostaria mais da Elizabeth se ela tivesse uma barba. Ao menos ela seria peculiar e não sem sal -n *apanha de todos*
Anyway, ótimo tópico.
O CONTO DE KUROKI É DEMAIS. E me recordo que já ouvi uma história assim quando eu era criança... Mas era com o Joãozinho. Pobre Joãozinho, gastou o dinheiro da carne em brinquedo
Parabéns pelo tópico, esclareceu algumas coisas, principalmente Haritsuke.
Anyway, ótimo tópico.
O CONTO DE KUROKI É DEMAIS. E me recordo que já ouvi uma história assim quando eu era criança... Mas era com o Joãozinho. Pobre Joãozinho, gastou o dinheiro da carne em brinquedo
Parabéns pelo tópico, esclareceu algumas coisas, principalmente Haritsuke.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Wow, muito bom o tópico :3 Eu reconheci a maioria, eu vivia pegando livros sobre contos de fadas nas bibliotecas <333 Mas eu não conhecia o conto da Elisabeth, nem sabia que era um conto [2] E finalmente entendi o que era o sapato dela aquilo que caia e fazia o barulhinho e *dead*
O conto de Kuroki eu só conhecia esse que você postou mesmo, então sempre achei que ficava faltando alguma coisa...
O conto de Kuroki eu só conhecia esse que você postou mesmo, então sempre achei que ficava faltando alguma coisa...
Yamai- Jinsei wa ireko ningyo
- Mensagens : 247
Data de inscrição : 03/02/2011
Idade : 30
Localização : Oscilando entre o que foi perdido e o que foi esquecido..~
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Tecnicamente "Jesus de vestido" não é tão estranho já que ele usava uma túnica, o que dá quase um vestido...mas mulher de barba é levemente assustador mesmo...enfim, ainda bem que o Revo não resolveu por uma barba na Joelle né x)
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Lukka_Star escreveu:Quanto a barba da Elisabeth, existem até estátuas em igrejas reais. Só não lembro o nome de cabaça da santa que ela é. Quando der vontade eu vou atualizar o tópico com algumas imagens dela. (São coisas bem feinhas, é tipo Jesus usando um vestido)
Eu me assustei qndo soube disso XD
mas fiquei curiosa e fui procurar mais algumas coisas e encontrei a imagem da Santa (conhecida como a Santa dos Cuidados)
Encontrei essa foto
Junto com essa historia
- Spoiler:
- A história é contada pelo Padre Miguel de Oliveira no seu livro "Lenda e História - Estudos Hagiográficos" (1964). Há uma santa (Svatá Starosta ou Svatá Wilgefortis) cujo culto é observado com devoção, na Igreja do Loreto, em Praga. Em iconografia, abundante, esta Santa é representada com barba e bigode, e crucificada. Svatá Starosta seria filha de um rei lusitano (ou português?) e chamavam-lhe, em família, Vilgeforte - segundo o Padre Miguel de Oliveira. Apaixonada pelo Salvador, a virgem queria consagrar-lhe a sua pureza, mas como era bonita e tinha muitos pretendentes, o pai quis casá-la com o rei da Sicília. Contrariada, a princesa Vilgeforte pediu, então, a Deus que a tornasse feia. E, por milagre, começou a crescer-lhe barba e bigode. O pai, por castigo, mandou crucificá-la. O seu culto começou a desenvolver-se, sobretudo a partir do séc. XIV. O Padre Miguel de Oliveira dá-lhe o nome, em português, de Santa dos Cuidados. O dia 20 de Julho é-lhe consagrado pela Igreja.
Eu ainda to pesquisando algumas coisas X3 caso encontre mais alguma atualizo
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Como suspeitava...parece com as imagens de Jesus mesmo...
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Opa, finalmente vim ler.
Seu tópico ajudou muito, sério! Vai me ajudar muita a formar novas teorias sobre ligação de Märchen com Roman e *apanha* A história de Sei to Shi é de fato igualzinha! E a de Kuroki eu conhecia uma versão modificada, mas muito boa!
A da Elisabeth, poxa, destruiu meus sonhos de Elisabeth bonita, nunca mais a verei assim -q *apanha*
Enfim, obrigada pelo tópico, de verdade.
Seu tópico ajudou muito, sério! Vai me ajudar muita a formar novas teorias sobre ligação de Märchen com Roman e *apanha* A história de Sei to Shi é de fato igualzinha! E a de Kuroki eu conhecia uma versão modificada, mas muito boa!
A da Elisabeth, poxa, destruiu meus sonhos de Elisabeth bonita, nunca mais a verei assim -q *apanha*
Enfim, obrigada pelo tópico, de verdade.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Como eu não sou macho o suficiente pra sair catando os contos de fadas com tamanha dedicação, tudo o que eu sabia sobre os contos vinha da Wikipédia e do livro que eu tenho que, segundo diz na contracapa, tem os contos ORIGINAIS mesmo, como o da Branca de Neve. E NENHUM DELES TEM A HISTÓRIA DO FÍGADO, VALEU MESMO, CARA!!!
E, bem, esse livro que mencionei, não tenho nenhuma prova que de fato são os contos originais, é claro. Mas há algumas diferenças muito pequenas, e uma em especial que achei importante mencionar: No conto da Bela Adormecida, é dito que as 13 mulheres que vão para o nascimento da princesa são de fato BRUXAS, não fadas. Bruxas boas, mas bruxas. Se for isso mesmo, eu realmente achei interessante como os autores de fato não tentam fazê-las parecerem algo menos ameaçador do que realmente são.
E notei que o Revo também fez isso... Digo, em Bara no Tou, elas são referidas como "mulheres sábias". E Kanojo ga Majo ni Natta Riyuu nos informa o que realmente querem dizer com "mulheres sábias"...
Outras diferenças menores e pouco relevantes são o nome pelo qual a princesa é conhecido (que não era Bela Adormecida, apesar do título do conto (não lembro exatamente qual, mas tinha algo a ver com rosas)), e o fato de nenhum personagem ter seu nome explícitado no conto do Barba Azul. Coisas que não acrescentam porra nenhuma, mas achei interessante mencionar porque... Sim :2
Enfim, amei o tópico, sério mesmo
E, bem, esse livro que mencionei, não tenho nenhuma prova que de fato são os contos originais, é claro. Mas há algumas diferenças muito pequenas, e uma em especial que achei importante mencionar: No conto da Bela Adormecida, é dito que as 13 mulheres que vão para o nascimento da princesa são de fato BRUXAS, não fadas. Bruxas boas, mas bruxas. Se for isso mesmo, eu realmente achei interessante como os autores de fato não tentam fazê-las parecerem algo menos ameaçador do que realmente são.
E notei que o Revo também fez isso... Digo, em Bara no Tou, elas são referidas como "mulheres sábias". E Kanojo ga Majo ni Natta Riyuu nos informa o que realmente querem dizer com "mulheres sábias"...
Outras diferenças menores e pouco relevantes são o nome pelo qual a princesa é conhecido (que não era Bela Adormecida, apesar do título do conto (não lembro exatamente qual, mas tinha algo a ver com rosas)), e o fato de nenhum personagem ter seu nome explícitado no conto do Barba Azul. Coisas que não acrescentam porra nenhuma, mas achei interessante mencionar porque... Sim :2
Enfim, amei o tópico, sério mesmo
Última edição por Norm em Ter Ago 09 2011, 19:44, editado 1 vez(es)
Norm- Ori no Naka no Yuugi
- Mensagens : 1221
Data de inscrição : 05/08/2010
Idade : 32
Localização : Em minha lâmpada, esperando algum tolo me libertar para então eu destruir o Canadá
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
O nome é Briar Rose, na versão "original" dos Irmãos Grimm.
EDIT: Eu sei onde achar as versões originais dos Grimm, mas tudo em alemão.
Se tiverem saco/paciência eu posso traduzir e jogar aqui pra comparar com as versões achadas.
EDIT: Eu sei onde achar as versões originais dos Grimm, mas tudo em alemão.
Se tiverem saco/paciência eu posso traduzir e jogar aqui pra comparar com as versões achadas.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Faça isso Bayu, eu te esperarei pela eternidade
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
NOSSA O_O
A história da Elizabeth realmente me pegou de surpresa.
Não somente pela relação com Marchen mas também porque me toca como historiador sabe...
Fica fácil entender porque este conto só aparece na primeira edição dos Grimm...
Quem conhece a imagem do cara afeminado barbudo crucificado? É fácil... ainda mais as esculturas barrocas que Jesus aparece com os traços muito mais finos...
Só de imaginar que poderiam existir camponeses que iam para a igreja, sem entender nada de latim, e viam aquela imagem de uma mulher barbuda, uma hermafrodita... e cultuavam-na... é orgástico *-*
Depois podem ter inventando uma história de santo/santa e talz para dar um caráter oficial...
Mais orgástico AINDA... é saber que desde a Idade do Ferro (celtas) e o Período Romano... esses povos cultuavam imagens de hermafroditas!!
Mulheres barbadas, 'mulheres' com penis, ninfas com chifres (atributo masculino)...
Dá pirar na batatinha legal *ç*
Desculpem a empolgação nadave com sanhora... .-.'
A história da Elizabeth realmente me pegou de surpresa.
Não somente pela relação com Marchen mas também porque me toca como historiador sabe...
Fica fácil entender porque este conto só aparece na primeira edição dos Grimm...
Quem conhece a imagem do cara afeminado barbudo crucificado? É fácil... ainda mais as esculturas barrocas que Jesus aparece com os traços muito mais finos...
Só de imaginar que poderiam existir camponeses que iam para a igreja, sem entender nada de latim, e viam aquela imagem de uma mulher barbuda, uma hermafrodita... e cultuavam-na... é orgástico *-*
Depois podem ter inventando uma história de santo/santa e talz para dar um caráter oficial...
Mais orgástico AINDA... é saber que desde a Idade do Ferro (celtas) e o Período Romano... esses povos cultuavam imagens de hermafroditas!!
Mulheres barbadas, 'mulheres' com penis, ninfas com chifres (atributo masculino)...
- Spoiler:
- Hermafrodita = Aquele que transpõe as 'barreiras' do gênero, que muda de forma, superior aos meros humanos que estão enclausurados nas barreiras de gênero.
Ex: Dioniso
Dá pirar na batatinha legal *ç*
Desculpem a empolgação nadave com sanhora... .-.'
Hades- Lion
- Mensagens : 7
Data de inscrição : 19/06/2011
Idade : 36
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Que bom que todos estão gostando do tópico *-*
Elisabeth foi com certeza eleita a maior surpresa da noite xD
É dado a existência dessas estátuas que a face de Jesus cristo como conhecemos foi feita. Ela é do mesmo período que apareceu o santo sudário. Ou seja, essa lenda da Elisabeth pode ter gerado a face de cristo moderno. Mas ainda fico com a idéia de que esse fosto foi feito pelo santo sudário xD
Porém, eu conhecia a história da hermafrodita um pouco diferente. O primeiro hermafrodita teria sido Hermafrodito. Filho de Afrodite e Hermes (Hermes + Afrodite = Hermafrodito). Ele teria se apaixonado por uma ninfa chamada Salmacis. Porém, o amor deles foi proibido, depois de muitos encontros e desencontros, os dois correm para ficar juntos, e se abraçam tão forte, mas tão forte que os corpos se fundem e ai viram um só ser com os dois sexos. TENSO.
No livro dos irmãos Grimm não tem o conto do fígado e da Elisabeth por que foram retirados na segunda edição. O que temos dele são fragmentos de texto. Porém, se tu tiver um texto diferente, mande ele o/
Nada garante que os que estão no tópico são os originais de verdade.
Vou procurar, se achar irei atualizar o tópico o/
E que bom que gostou da tradução *-*
Elisabeth foi com certeza eleita a maior surpresa da noite xD
É dado a existência dessas estátuas que a face de Jesus cristo como conhecemos foi feita. Ela é do mesmo período que apareceu o santo sudário. Ou seja, essa lenda da Elisabeth pode ter gerado a face de cristo moderno. Mas ainda fico com a idéia de que esse fosto foi feito pelo santo sudário xD
Porém, eu conhecia a história da hermafrodita um pouco diferente. O primeiro hermafrodita teria sido Hermafrodito. Filho de Afrodite e Hermes (Hermes + Afrodite = Hermafrodito). Ele teria se apaixonado por uma ninfa chamada Salmacis. Porém, o amor deles foi proibido, depois de muitos encontros e desencontros, os dois correm para ficar juntos, e se abraçam tão forte, mas tão forte que os corpos se fundem e ai viram um só ser com os dois sexos. TENSO.
E, bem, esse livro que mencionei, não tenho nenhuma prova que de fato são os contos originais, é claro. Mas há algumas diferenças muito pequenas, e uma em especial que achei importante mencionar: No conto da Bela Adormecida, é dito que as 13 mulheres que vão para o nascimento da princesa são de fato BRUXAS, não fadas. Bruxas boas, mas bruxas. Se for isso mesmo, eu realmente achei interessante como os autores de fato não tentam fazê-las parecerem algo menos ameaçador do que realmente são.
No livro dos irmãos Grimm não tem o conto do fígado e da Elisabeth por que foram retirados na segunda edição. O que temos dele são fragmentos de texto. Porém, se tu tiver um texto diferente, mande ele o/
Nada garante que os que estão no tópico são os originais de verdade.
Kuroki eu também pensei nisso... Mas nunca vi nenhum outro conto parecido... O que é estranho. Mas bom... Não me surpreenderia se fosse um conto bem "underground" porque... lol a gente já tem contos assim em Märchen mesmo XD
Vou procurar, se achar irei atualizar o tópico o/
E que bom que gostou da tradução *-*
Lukka_Star- Eru no Tenbin
- Mensagens : 739
Data de inscrição : 05/08/2011
Idade : 33
Localização : Lindo Mundo da imaginação dos unicórnios cor-de-rosa (R)
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Na verdade, sobre contos "originais" ou não... acho que é muito complicado afirmar quais são, porque, inclusive, os próprios Grimm faziam novas versões dos contos já populares.
João e Maria (Hänsel e Gretel) originalmente era com demônios e terminava com os dois matando os demônios (um casal) de forma muito mais violenta do que um simples empurrão no fogo. Se eu não me engano eles serravam o demônio mulher no meio (tortura medieval).
O que eles fizeram foi, simplesmente, "ajeitar" os contos pra parecerem um pouco menos... bizarros.
A versão de João e Maria que tem aqui é a que entrou mesmo pros livros, pelo o que eu vejo no site aqui (se alguém tiver curiosidade: 1000-maerchen.de... E, não, João e Maria tem 5 páginas de word, não tou com muito saco de traduzir, afinal, alguém já fez e tá bonitinho), acho é só ver se ter divergências nos outros (afinal, são n-versões de cada conto).
EDIT: Acabei de ver... eles cortavam a garganta dela, na verdade... Ainda é mais bizarro do que empurrar a mulé no fogo.
http://www.nerdssomosnozes.com/2009/03/os-verdadeiros-contos-de-fada.html
Pra quem ainda não viu a bizarrice que os contos populares eram. Sinceramente? Branca de Neve é o mais bizarro EVER... não sei como ficou na versão Grimm mais antiga, mas que esse papo de princesa de 7 anos morta e eternizada num castelo é bizarro até pro Revo.
EDIT 2: E não tou eu numa comunidade do Rammstein quando levantam a história da Rosa Vermelha?
Eu não sei muuuuuito sobre ela (Rosenrot), só o fato dela ser irmã da nossa querida Schnee.
João e Maria (Hänsel e Gretel) originalmente era com demônios e terminava com os dois matando os demônios (um casal) de forma muito mais violenta do que um simples empurrão no fogo. Se eu não me engano eles serravam o demônio mulher no meio (tortura medieval).
O que eles fizeram foi, simplesmente, "ajeitar" os contos pra parecerem um pouco menos... bizarros.
A versão de João e Maria que tem aqui é a que entrou mesmo pros livros, pelo o que eu vejo no site aqui (se alguém tiver curiosidade: 1000-maerchen.de... E, não, João e Maria tem 5 páginas de word, não tou com muito saco de traduzir, afinal, alguém já fez e tá bonitinho), acho é só ver se ter divergências nos outros (afinal, são n-versões de cada conto).
EDIT: Acabei de ver... eles cortavam a garganta dela, na verdade... Ainda é mais bizarro do que empurrar a mulé no fogo.
http://www.nerdssomosnozes.com/2009/03/os-verdadeiros-contos-de-fada.html
Pra quem ainda não viu a bizarrice que os contos populares eram. Sinceramente? Branca de Neve é o mais bizarro EVER... não sei como ficou na versão Grimm mais antiga, mas que esse papo de princesa de 7 anos morta e eternizada num castelo é bizarro até pro Revo.
EDIT 2: E não tou eu numa comunidade do Rammstein quando levantam a história da Rosa Vermelha?
Eu não sei muuuuuito sobre ela (Rosenrot), só o fato dela ser irmã da nossa querida Schnee.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
AH, tipo, eu já li esse conto, que no meu livrão infantil se chama "Branca de Neve e Vermelha de Rosa". O livro está perdido em algum lugar da casa, se eu encontrar eu juro que digito aqui, mas... Pelo que me lembro, esse conto não tem NADA a ver com a Branca de Neve que conhecemos, o nome da personagem é uma puta duma coincidência (ou plágio, sei lá).
E bem, já ouvi falar em várias dessas versões "originais" dos contos e... Pelo que me lembro, muitas dessas versões mais... Tensas... Foram feitas DEPOIS dos infantis. Por quê? Eu não sei. Mas sei que o da Branca de Neve que eu li dos Irmãos Grimm era quase exatamente igual ao que diz nesse site, tirando apenas a tal surra na barriga dela. Mas teve todo o resto, ela tinha sete anos, a rainha queria COMER o coração dela, o príncipe pedonecrófilo e o final.
E bem, já ouvi falar em várias dessas versões "originais" dos contos e... Pelo que me lembro, muitas dessas versões mais... Tensas... Foram feitas DEPOIS dos infantis. Por quê? Eu não sei. Mas sei que o da Branca de Neve que eu li dos Irmãos Grimm era quase exatamente igual ao que diz nesse site, tirando apenas a tal surra na barriga dela. Mas teve todo o resto, ela tinha sete anos, a rainha queria COMER o coração dela, o príncipe pedonecrófilo e o final.
Norm- Ori no Naka no Yuugi
- Mensagens : 1221
Data de inscrição : 05/08/2010
Idade : 32
Localização : Em minha lâmpada, esperando algum tolo me libertar para então eu destruir o Canadá
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Gente.
Não existe versão original de mito ^^
Por isso eles são mitos... são narrativas que o "povo conta" e que vão ganhando milhares de versões com o passar do tempo...
Até a Ilíada e a Odisséia são mitos.
Por isso que são cheia de furos... cada um inventa um pedacinho =3
Se for para remontar a origem VERDADEIRA de alguns mitos você vai chegar na pré-história.
Como é o caso de alguns "contos de fadas"...
Não existe versão original de mito ^^
Por isso eles são mitos... são narrativas que o "povo conta" e que vão ganhando milhares de versões com o passar do tempo...
Até a Ilíada e a Odisséia são mitos.
Por isso que são cheia de furos... cada um inventa um pedacinho =3
Se for para remontar a origem VERDADEIRA de alguns mitos você vai chegar na pré-história.
Como é o caso de alguns "contos de fadas"...
Hades- Lion
- Mensagens : 7
Data de inscrição : 19/06/2011
Idade : 36
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
É, isso foi bem colocado agora. E Haja furos nos mitos antigos. rsrs.
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Phii eu agradeceria mto mto se vc falasse sobre o conto da branca de neve , pq eu tava lendo no forum sobre a questão do principe da branca ser o mesmo da bela ... e vi que ele abandonou a branca dps ela virou sadica .. COMOASSIM ? T-T
E outra duvida , não sei se estou no topico certo maas >_>
o principe estuprou msm a bela ? ;O
E outra duvida , não sei se estou no topico certo maas >_>
o principe estuprou msm a bela ? ;O
Re: Os contos de fadas que Märchen se baseou (Com tradução para todos)
Isso do Príncipe ter abandonado ou não a Branca de Neve já é coisa exclusiva de Märchen, já que no conto dos Irmãos Grimm não diz nada sobre isso. É que na música já fica claro que ele não gostou muito de ter casado com uma psicopata sádica...
Sobre ele ter estuprado ela, algumas versões dizem que sim, outras dizem que não. Na versão do Revo, bem... Não
Sobre ele ter estuprado ela, algumas versões dizem que sim, outras dizem que não. Na versão do Revo, bem... Não
Norm- Ori no Naka no Yuugi
- Mensagens : 1221
Data de inscrição : 05/08/2010
Idade : 32
Localização : Em minha lâmpada, esperando algum tolo me libertar para então eu destruir o Canadá
Página 1 de 3 • 1, 2, 3
Tópicos semelhantes
» [GRUPO para 2012] Remontar as músicas de Elysion para apresentação em palco
» Presentes para quem é importante para mim
» Märchen
» Sound Horizon em AnisongMate vol. 1
» Memorias de Um Conto de Fadas- O 7° Horizonte
» Presentes para quem é importante para mim
» Märchen
» Sound Horizon em AnisongMate vol. 1
» Memorias de Um Conto de Fadas- O 7° Horizonte
Página 1 de 3
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos