Maldita e mortal - A joia escarlate
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Maldita e mortal - A joia escarlate
Minha participação Tá bem em cima da hora, mas planejei essa fic há dias. Só não tive tempo pra escrever.
Inspirada em Norowareshi Houseki, com alguns feelings de Koibito o Uchiotoshita hi *foge da Ana Arisu*
E só ._. -q Boa leitura~~E não tive tempo de revisar, não me matem
- Spoiler:
- Encarei a joia escarlate caída no chão com a cobiça entalhada nos olhos. Aquela pedra me traria uma fortuna imensa. Se minha irmã gêmea não estivesse de olho nela também, eu já teria me atirado ao chão e levado a joia para minha casa. No dia seguinte ia vendê-la e ganhar uma fortuna só pra mim. Minha irmã? Dane-se. Eu a achei, ela quis roubá-la. A joia é minha, não dela.
- Agora é pegar ou largar. Pronta, Helen? – Minha irmã apontou o revólver que segurava para minha cabeça. Um relâmpago iluminou aquele beco escuro que logo ia ganhar manchas escarlate com o sangue de uma de nós.
- Pode vir, Juliet. – Eu respondi, imitando o movimento de Juliet. O braço em que eu segurava a arma sangrava.
Antes de puxar o gatilho, uma pergunta veio a minha cabeça:
Como chegamos até aqui?
A resposta me veio quando desviei o olhar para a joia no chão pela última vez antes de atirar.
Eram quatro horas da manhã. Eu e Juliet estávamos encarando uma pedra preciosa que brilhava em minhas mãos sujas de terra. Uma maravilha dada pela natureza, de fato. O brilho escarlate iluminava os olhos de duas exploradoras gananciosas que fariam de tudo para tomar a joia para si.
Muitos foram os museus que nos ofereceram as quantias mais absurdas de dinheiro pela pedra vermelha. Mas nem todo o dinheiro do mundo nos fez abrir mão daquela beleza. Não naquele momento, que era o “estado de choque”. E foi com esse pensamento egocêntrico que nos fez chegar onde chegamos.
Era uma tarde chuvosa de segunda-feira. Relâmpagos iluminavam a casa onde eu e minha irmã morávamos. Eu estava deitada em minha cama (Acabara de acordar de um cochilo) quando percebi que a casa estava silenciosa. Juliet não era nada silenciosa e, em tardes chuvosas, ela costumava assistir á TV no volume máximo. Me levantei, já desconfiada. Nunca podia-se ignorar a possibilidade de assalto ou sequestro, até porque meu sono é muito pesado e eu não ouviria nada.
Saí do meu quarto para o corredor e olhei para os lados. Nada de Juliet – Porém, a porta de seu quarto estava aberta.
- Droga, droga, droga – Murmurei, retornando ao meu quarto. Saí dele com um revólver (Pequeno, bom pra se esconder no guarda-roupa) na mão. Me esgueirei – Devagar, na ponta dos pés – até o quarto de minha irmã e entrei devagar. A cama estava bagunçada, porém não havia sinal dela.
Procurei em todos os cantos – Debaixo da cama, dentro do guarda-roupa, até em seu banheiro procurei, mas nada achei.
Saí correndo do quarto, desci as escadas de três em três degraus e praticamente me joguei na sala. A TV estava desligada e o controle no lugar de sempre – Em cima do sofá. Fui andando até a cozinha quando tropecei em alguma coisa. Era um saco cheio de pedrinhas do aquário. Dentro dele, havia um papel. Tirei-o de dentro do saco para ler seu conteúdo. Era a letra de Juliet.
“Querida Helen,
Antes de tudo, peço-lhe imensas desculpas pelo que farei assim que terminar de escrever. Foi um erro, mas resistência não é meu forte (Você sabe muito bem disso) e a tentação era monstruosa.
Tenho certeza de que, enquanto você ler isto, eu estarei bem longe, com a nossa joia. Sim, eu roubei-a. Não grite de raiva ou vá atrás de mim, como sei que faria; Até porque não vai adiantar de nada, você nunca vai me pegar mesmo...
- Juliet”
Amassei o papel e joguei-o com força no chão, para depois pisoteá-lo e rasgá-lo. Um raio iluminou o papel arrebentado e minha expressão furiosa. Subi até meu quarto e peguei um vestido qualquer. Vesti-o por cima do pijama e calcei um par de chinelos. Escondi o revólver no decote e saí de casa com passos grandes. Agora, a grande pergunta: Para onde?
Coloquei meus neurônios para funcionar. Aeroporto? Não, pois nosso dinheiro não é pra tanto. Ônibus? Muito provável que não, considerando o número absurdo de assaltos á ônibus que tinham por lá. Não tinha como fugir por água pois não morávamos perto da praia e o rio mais próximo era á duas cidades de distância. Única coisa que me sobrou foi a estação de metrô. Corri até ela como se minha vida dependesse disso. Estava encharcada por causa da chuva que caía, mas a única coisa que importava agora era a joia.
Chegando lá, me deparei com uma estação abarrotada de gente. Não conseguia andar sem esbarrar em alguém e quase descobriam a arma debaixo de minhas roupas, mas não desisti.
Entrei em todos os metrôs, andei por todas as cabines; Nada de Juliet. A tarde dava lugar á noite e, pouco a pouco, o local esvaziava. Eu estava sentada num banco de madeira, chorando e tomando um copo d’água. Busca sem sucesso. Nem sinal de vida minha irmã dera.
Mas foi aí que eu avistei. Um tufo de cabelos rubros e lisos como os meus, correndo para longe.
- Maldita! – Exclamei, entre lágrimas e gaguejos. Me pus a correr atrás dela como louca varrida (Não que ela não estivesse fugindo de um jeito diferente).
Corremos pela rua, passamos por praças, até Juliet ser encurralada num beco escuro e longo, sem saída.
- D-Droga!... – Ela disse, olhando para os lados.
- Estaria muito longe, é? Não acho. – Ri da cara de espantada que ela fez, porém logo tratei de desfazer o sorriso, pois Juliet avançara para cima de mim com uma voadora. Consegui me afastar a ponto de não ser atingida, mas Juliet me puxou junto enquanto íamos para o chão. Rolamos trocando socos e chutes. Juliet tentava me enforcar, mas foi obrigada a sair de cima de mim com um chute em sua barriga.
Em sua queda, a joia caiu de seu bolso.
Ali. Ela estava ali, bem no chão. Juliet cambaleava, com as mãos na barriga. Meu caminho estava livre. Dei um passo para a frente, já sorrindo e encarando meu “prêmio”, quando ouvi um som alto e senti uma dor forte no braço direito. Havia levado um tiro. Cobri o ferimento com a mão esquerda enquanto praguejava contra minha irmã, que agora ria.
- A joia é MINHA, Helen! Aceite isso! – Ela gritou, entre risadas histéricas.
- Não! Ela é minha! Você sabe muito bem!
- ELA É MINHA!
Nós berrávamos feito duas malucas no beco escuro. Meu ferimento sangrava. Saquei o revólver. Juliet fez o mesmo. Era agora.
Fim das lembranças, voltei a encarar Juliet e atirei sem piedade.
O som de um tiro foi ouvido e um corpo caiu no chão. Era o de Juliet.
Matei minha própria irmã sem piedade por causa daquela joia. De repente ela não me parecera tão valiosa assim, mas o que foi feito, está feito. Andei até a pedra e recolhi-a, escondendo-a no bolso, junto com o revólver. Encarei o corpo de minha irmã mais uma vez, então disse:
- Me perdoe, mas a tentação é monstruosa.
Saí correndo do beco depois disso.
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