Chevalier
3 participantes
Página 1 de 1
Chevalier
Notas: Uh~ Um romance, inspirado em um pouco de Roman, um pouco de Märchen (principalmente, Garasu), minimos detalhes de Elysion e um pouco de Moira. E, é claro, com outras referencias, como o Morro dos Ventos Uivantes.
Qualquer semelhança com a vida real, é mera coincidencia. Sério.
E quando nossos sonhos perdem para a cruel realidade e finalmente temos que nos entregar à verdade, isso apenas significa que perdemos uma batalha antiga, e não a guerra que está por vir. Quando você finalmente se entrega – realmente se rende – então você esquece porque resistiu em algum momento.
Prólogo
Às vezes eu acho que volto a cair no poço.
“Catherine Chevalier”, talvez um nome tão nobre quão o dessa jovem moça não deva ser mencionado em vão. “Catherine Chevalier... Volte!” essa mulher não voltará.- Catherine Chevalier, eu te amo
Às vezes eu acho que volto a cair no poço, mas espero que você segure a minha mão.
Contar-te-ei a história de um cavalheiro. Ele era apenas um plebeu, mas defendia a rainha com sua vida. “Vicent Chevalier”, você irá se lembrar desse nome.- Catherine Chevalier, você ainda lembra-se de mim?
Entre tantos homens, eis o escolhido - aquele que a própria rainha escolheu.
... Não, você não está mais lá.
- Spoiler:
- Por seis séculos, os reis e rainhas sempre tiveram filhos gêmeos – um casal. Ao completar 16 anos, o filho prodígio era escolhido para ser rei ou rainha – enquanto o outro era jogado para os plebeus, podendo viver na pobreza ou morrer de fome – porém, algo mudou quando os gêmeos “empataram”.
As provas de seleção para o novo governante eram rigorosas, iam desde perguntas sobre política a combates. E, quando os irmãos Chevalier não conseguiram vencer um do outro, eis que veio a prova que jamais fora designada a nenhum herdeiro: o combate mortal. Consistia em um matar o outro para obter o trono.
Os sétimos herdeiros, os irmãos Chevalier, apesar de novos, eram muito espertos. Eles queriam o trono – e muito – mas amavam demais um ao outro. Então quem venceu? Os dois. O rei e a rainha morreram naquele dia. Dizem que foi um acidente, mas há boatos que foram os irmãos. É claro que não há nada confirmado, mas bem, algo nessa história parece, ridiculamente, estranha.
Katherine assumiu o trono junto ao seu irmão, Victor. Os dois irmãos se casaram, e conceberam uma herdeira, Catherine Chevalier. Ah, tão bela Catherine! Porém, essa história não termina por aqui.
Victor não estava satisfeito com a sua rainha. Jamais gostaria de sua irmã como sua esposa. Oh, por que Victor? Victor acabou concebendo outro bebê, com Catharina - a empregada, e, assim dita, como melhor amiga de vossa rainha. “Vicent”, assim foi chamado o bebê ilegítimo. Um bastardo não terá nosso nome, nem se quer um tostão de nosso ouro! E assim ordenou a rainha, irrevogável era sua palavra.
Catharina, acusada de bruxaria – do qual teria enfeitiçado o vosso rei – foi queimada em praça publica. Vicent foi deixado em um orfanato, onde permaneceu até os 16 anos.
Com 18 anos a princesa já havia se tornado uma bela moça. Pronta para poder ocupar o trono, do qual muitos sofreram para ela chegar lá. Mas, uma rainha não deve governar sozinha. Um casamento.
Muitos preparos foram feitos para o aniversário de 19 anos da princesa. Um lindo baile, do qual lindos cavaleiros iam vê-la, e assim, após seus pais escolherem-no, eles teriam um lindo casamento. Nem tudo foi como planejado.
Capítulo Um
- Spoiler:
- A pequena criança, agora uma moça, sorriu para um novo dia.
Tão ingênua Catherine. Ela podia ser a princesa mais desejada do reino, mas apenas amava um homem: Strife. Um príncipe que não se apaixona por garotas vivas. Eis que um dia me achou desmaiada e beijou-me; Quando acordei, já valia nada. Como numa tragédia romântica, ele a deixou, e foi em busca de outra dama da escuridão.
Ao lado esquerdo de Catherine, estava a dama de vestido azul: Hortense, e ao lado direito, a dama de vestido roxo: Violette. As duas garotas, aquelas que sempre mimaram a pobre garota. Hortense enfeitava o vestido branco da princesa. E Violette cuidava para que tudo no baile fosse perfeito. Catherine apenas se divertia com tudo isso.
- Sorria Violette
- Sim, mademoiselle
“Está na hora”
Ela desceu as escadas. Podia ver tudo e todos lá de cima. No grande salão estariam todos os garotos do reino – e até plebeus – Cathy não conhecia nem a metade, foram seus pais que convidaram todos.
Porém, estava tudo vermelho. O que... O que aconteceu?
- A morte, às vezes, se mostra tão bela – Ele sorriu para a princesa
- Strife!
- Você é agora a nova rainha. Mas eu não quero ser seu rei. Talvez, você possa me dar esse corpo? - Ele segurou em suas mãos uma moça de pele clara e cabelos negros. Muito bonita com um vestido azul ensanguentado.
Catherine apenas... Sorriu.
- Para que você o quer? Você pode ter o meu! – A menina pulou da escada. Seu vestido não era mais branco. E o salão continuava pintado por puro vermelho intenso.
Capítulo Dois
- Spoiler:
- - Princesa...
- Hã, o que aconteceu?
- Hora de acordar, é seu grande dia!
- Oh, sim – ela sorriu.
Chegava a hora de ela descer os degraus da grande escada do salão, sorrir, ser simpática com todos e encontrar um novo príncipe.
O príncipe do reino vizinho havia rejeitado Catherine. Ele não tinha vontade de se aliar com o reino de Chevalier. Mas, Catherine estava apaixonada. Porém, o amor não vale nada na realeza. Você deve se casar, não importa com quem!
- Uma rainha não deve ficar só...
- Majestade, eu sinto tanto por você! Mas senhorita Catherine, a deusa do destino quer que você ame alguém mais que aquele egoísta, você conseguira! – Disse Violette, enquanto abria as cortinas.
- Espero que você esteja certa, Violette – Hortense olhava no guarda-roupa o vestido da princesa. O vestido era branco, com alguns detalhes rosados; muito bonito e tudo da mais alta costura. Ela levou-o para Catherine e a vestiu.
- Estou pronta! – então, sem mais delongas, a princesa saiu de seu quarto, já pronta para o que aconteceria a seguir. Não, ela não estava pronta.
Foi andando sozinha pelo corredor, passando pela porta do quarto de seus pais. Silencio; deviam já ter ido cumprimentar os convidados. Passou pelos quartos de hospedes, nunca usados desde que nasceu. Nascer... Isso a lembrava seu meio irmão; Seus pais juravam que seu irmão havia morrido, mas após tantos anos, ainda havia boatos, e ela sabia – sim, ela tinha certeza – que um dia poderia dar para ele tudo que lhe havia de direito.
Chegou à porta; dois de seus empregados a abriram e enfim estava na parte de cima da escadaria. Seus convidados, aplaudindo-a. Aquelas pessoas... Ela não havia feito nada para eles, mas tinha dinheiro. Aplausos sem motivo, sem função. Aplausos para alguém que nunca poderia sair do palácio e fazer algo realmente bom. Ela sorriu, era a única coisa que podia fazer naquele momento; descendo as escadarias lentamente, chegou ao ultimo degrau. Seus pais a estavam esperando.
- Catherine, conheça os convidados; converse com todos – Exclamou seu pai, o grande Victor. Soube que ele era adorado quando ainda príncipe, pois amava seu povo. Após tornar-se rei, sua rainha o transformara.
- Querida – disse sua mãe – Olhe para o lado...
Por que deveria?... Você... Você está aqui...
Ele tinha pele clara, cabelo preto, alto. Podia-se ver toda a escuridão sobre seu olhar e sua boca, vermelha e tentadora, mostrava o quão era inseguro estar com ele. Sua roupa, feita sob medida pela mais cara costureira da época, o deixava totalmente elegante. Era simplesmente encantador e agora estava ao lado da princesa; sorrindo para ela.
- Eu... E-eu... Você... Por quê?... – A garota virou-se para o outro lado, e saiu andando pelo salão sem direção. Tentando enxergar algo, com as lágrimas em seus olhos, acabou esbarrando em um garoto. Ele deveria ter a mesma idade, ou talvez até mais novo. Um pouco acima da estatura da princesa; Pela clara e cabelo loiro, de mesmo tom que Catherine, um tanto mais escuro.
- Desculpe-me, não foi minha intenção...
- Uma princesa não deveria se desculpar para um mero plebeu como eu. Você está bem, majestade?
- Não, quer dizer, sim... Eu estou bem – ela sorriu para o garoto – Qual seu nome, cavaleiro?
- Me chamo Vicent, vossa majestade – ele se curvou diante dela
- Vicent, eu já te conheço?...
- Creio que não, senhorita. Sou filho adotivo de uma senhora de classe media. Nunca estive na nobreza, mas como todos foram convidados, eu vim para conhecê-la. Tive medo de a senhorita não pudesse falar comigo. Obrigada por fazer um simples rapaz feliz.
Catherine corou – Oh, me conhecer o fez feliz?... Que bonitinho... Pode chamar-me Catherine apenas, tudo bem? Adorei- ela foi interrompida.
- Princesa, eu não quero fazê-la chorar!
- Strife, esta aqui para me ultrajar?...
- Majestade, eu preciso conversar com a senhorita.
- Senhor, por favor, se retire...
- Majestade, eu não vou mais fazê-la entristecer.
- Catherine pediu para que se retire! – Disse Vicent, com certo ciúme do nobre.
- E quem é você para chamar minha noiva por seu nome?! Oh, que ousadia de um mero cidadão.
- Você... Disse “noiva”? – Catherine estava assustada, animada e confusa.
- Oh, eu preferia que fosse surpresa, mas... Eu já falei com o rei e a rainha, e eles me conceberam a honra de ter sua mão.
- Porque mudou de ideia?... Oh, a nova guerra...
- Sim. Parece que minha noiva não é assim tão ignorante. A nova guerra irá acontecer, e precisamos nos unir se queremos conquistar os reinos de Abiel e Caspéer. O meu reino de Northman é páreo para qualquer um dos dois, mas agora após a união da rainha Keim Caspéer com o rei Louis Abiel, fiquei em desvantagem. Se estivermos juntos, nada ira ultrapassar nossa fronteira, e teremos todos os reinos da área central em nossas mãos, assim não será difícil conquistar as outras áreas. Tenha em mente que ela será uma luta difícil, por isso você deve ficar segura no palácio. Seus pais já estão contatando cavalheiros para cuidar de você.
Sempre foi assim; estou presa em uma gaiola. Tudo pelo poder e riqueza; Ah Strife Northman, espero que seja um bom rei.
- Majestade, eu vejo que vocês tem o que discutir. Sinto muito por incomodá-la...
- Espere senhor Vicent. Venha aqui amanhã à noite, jante conosco. Gostaria de conhecê-lo melhor, e quem sabe não teria um lugar para você trabalhar em meu palácio.
- Oh, muito obrigado senhorita! Agora devo ir, estou realmente muito agradecido.
Vicent se retirou; Catherine e Strife sentaram-se em uma das mesas do grande salão.
- Está dando atenção de mais para um pobre coitado, esta com pena dele minha querida?
- Oh, não. Só acho que ele seria um ótimo cavalheiro para mim.
- Esta a me dizer isso seriamente? Ele deve nem saber manejar corretamente uma espada, isso se já tiver de pego em uma alguma vez. É uma criança, talvez mais novo que você. E você quer que ele arrisque sua vida para salva-la, por quê?
- É o seu dever, e... Sinto que ele gostaria disso.
Capítulo Zero – Pelo olhar de uma criança
"O Homem nasce livre, mas está por todos os cantos preso"
"O Homem nasce livre, mas está por todos os cantos preso"
- Spoiler:
- Enquanto chorava em meu quarto - por algo que eu mesma desconhecia -, ele sorriu para mim e apenas disse “uma rainha tem que ser forte”. Papai, ainda não sou uma rainha, e não procuro pelo poder. Mas como poderia dizer algo assim para meu querido pai doente?
Enquanto chorava em meu quarto - por um homem desconhecido -, ela olhou para mim e apenas disse “você é fraca”. Eu não sou você, minha mãe, que tem o mundo na palma de suas mãos. Mas como eu poderia dizer algo assim para minha mãe egoísta?Ela esperava que mais alguém aparecesse.
- Querido, onde você está?
Entretanto, nunca ninguém realmente soube quem ela procurava.
Por seu amado
Ou seu irmão?Ou talvez houvesse outra pessoa...
Capítulo Três
- Spoiler:
- Vestido rosa claro, até os joelhos; um sorriso estampado em seu rosto e um colar escrito “Cathy”. A garota caminhava em direção ao seu lugar na mesa da sala de jantar.
A grande mesa podia ser ocupada por mais de 15 pessoas, mas os cinco sentaram-se juntos. O rei ocupava o lugar de destaque, na ponta da mesa. Logo ao lado esquerdo estavam a rainha e Vicent. Ao lado direito, Catherine, seguido de seu noivo.
- Senhor Vicent, espero que aceite a proposta. Não que você possa recusá-la, já que está vindo da futura rainha. E caso não cumpra o proposto de modo correto, o exílio ou até a morte estarão rapidamente providenciados para você. Oh, mas não faça disso uma obrigação! Deve cumprir tudo que vossa alteza diz com prezado esforço. Vicent, você deve jurar aceitar a proposta sem reclamar e sem mentir quanto a sua verdadeira opinião.
Mesmo que totalmente contraditório isso fosse, naquela época era normal, e não havia plebeu algum que recusasse.
- Agora, a futura rainha deseja saber: você quer ser seu novo cavaleiro?
- Não.
- Vicent, você... – Catherine olhou surpresa, mas foi interrompida pela voz do rapaz.
- Não me importo com a morte. Poderia ser cavaleiro de qualquer um, mas me importo com a vida de Catherine. Nunca tive treinamento algum; jamais conseguiria protegê-la. Por favor, escolha alguém que saiba, pelo menos, manejar uma espada.
- Resolvido. Levem esse garoto para fora desse reino!
- Não Strife! Peça para seu melhor guerreiro ensinar tudo que sabe para Vicent. Não pegue leve com ele. Faça-o dar seu melhor. – ela olhou para Hortense – Arrume o quarto de hospedes para o senhor Vicent. Ele ficara conosco e será meu cavaleiro. Sem mais delongas.
- Finalmente agindo como uma rainha – O rei exclamou, logo após a saída de sua filha para o quarto.
- Não sei se devo gosto tanto disso... – Strife levantou-se – Com licença, acho que devo ir para meu palácio. Conversamos sobre os preparativos do casamento e da sucessão do trono pela manhã. Boa noite a todos. – chegando perto de Vicent, sussurrou – Cuide bem de minha noiva.
Capítulo Quatro
Diga-me, nesse mundo quem está mentindo?
Diga-me, nesse mundo quem está mentindo?
- Spoiler:
- - Eu te amo – ela sorriu. Calou-se, entretanto, segundos após. O padre continuava suas belas palavras – Eu aceito.
- Eu aceito.
Por mais que em seus sonhos mais profundos esta cena se repetia, ela não estava totalmente feliz. Em seu mundo, distante de nosso presente, algo chamado de “poder” era mais importante. Em seu mundo, a garota era iludida.
- Eu... – Calou-se, entretanto, segundos após. O padre continuava suas falas memorizadas – Eu aceito.
- Eu aceito.
Por mais que em seus sonhos mais profundos essa cena se repetia, não era este o homem do qual ela amava. Em seu mundo, a garota era quem manipulava os fantoches. Sim, era o seu mundo.O sonho foi quebrado ← Já é hora de voltar à realidade, querido leitor.
O laço de mentiras está cortado → Mas, diga-me, quem mentia?
Capítulo Cinco
- Spoiler:
- Não era nada demais; a escuridão que os rodeava era apenas por instantes. Isso ela não tinha medo. Algo mais forte fazia seu coração bater.
Amanheceu e a noite após seu casamento nunca aconteceu. A virgem continuaria pura.
- Você sabe que não devemos ter filhos. Meu jovem irmão ficará no trono dos dois reinos quando eu for falecer.
Escutaram-se passos rápidos pelo corredor. Corria em direção ao quarto real.
- Majestade! – chamou Vicent - Estão atacando a fronteira norte.
Strife beijou Catherine. Poderia ser um beijo de despedida. – Não se preocupe, venceremos.
Vencendo ou não, pessoas morrerão. Querida Cathy, você ainda não entendeu que nunca haverá um final feliz?Ah... Eu sonhei com um mundo muito bonito; onde estávamos protegidos por um grande carvalho... Mas tudo ficou preto. Mesmo agora, eu não te vejo por dentro. Você foi incrível. E mesmo mentindo, mesmo fingindo, você ainda me amou. Você me protegeu, mas... Por que não voltou? Não se preocupe mais, sou apenas a sua Catherine e o carvalho que sonhei sempre me protegerá.
- Senhorita Catherine! – Gritou Vicent, correndo em sua direção, no jardim do palácio – Vencemos a luta!
- Isso me deixa calma... Mas onde está meu marido?
- Sinto muito...Ah... Eu sonhei com um mundo; estávamos juntos sobre o carvalho... Mas o carvalho caiu e você desapareceu de meu mundo. Eu estava sozinha... Porém, ainda tenho algo para proteger: o belo carvalho morto.
Passaram-se duas semanas após o enterro de Strife. O rei que salvou a todos. Que deu a vida para seus reinos... E para mim. Meu querido nunca foi mau. Meu amor nunca pensou nele mesmo. Strife foi bom, e eu sempre serei fiel a ele.
- Senhorita – a voz de Hortense ecoou pela sala quase vazia – O irmão de Strife, Louis, está chegando para assumir o trono... – ela segurou a mão da rainha - Majestade, as fronteiras não mantêm as pessoas para fora; elas prendem dentro de si. Você pode desperdiçar sua vida desenhando linhas ou então você pode viver cruzando-as.
- Mas há algumas que são perigosas demais para serem cruzadas...
- Esqueça a precaução e se arrisque. A vida do outro lado pode ser espetacular.
- Hortense, a vida é confusa. E é assim que somos feitos: corpo e alma. A alma que eu amei, desapareceu. Por que eu deveria continuar aqui?
- Pois a vida é assim mesmo. Mesmo que você perca hoje, amanhã uma luz reluzirá. Bem, ouço cavalos. O novo rei deve ter chegado; irei atendê-lo.
Strife, você mentiu: você me amou, não é? Obrigada.
Capítulo Seis
- Spoiler:
- - Entende, não?
- É claro. É meu dever para meu povo. É meu dever cuidar dos reinos, pelas memórias de meu falecido marido e de meu querido pai.
- Ele a deixou uma carta.
- Uma... Carta? Onde se encontra?
- Estava com o cavaleiro Vicent, ele me avisou ontem quando falei com as tropas. Pegue-a – Louis entregou o pequeno papel velho, como se alguém estivesse o amassado.
“Acredito que vencemos. Ou não daria minha vida por algo que não tivéssemos chance. Não se preocupe querida, com você eu deixo meus reinos. Com você eu deixo seu nobre cavaleiro. Com você deixo meu irmão. Doce Catherine, com você eu deixo toda minha tropa para protegê-la. Mas se você é tão inteligente, do qual eu acredito ser, não ficará presa nesta gaiola.
Você viu na dor, o amor; viu no orgulho, a felicidade; você viu em mim algo belo, obrigado.
Para toda eternidade, Strife Northman.”
- Eu apenas te dei, pois esse era o desejo de meu irmão, do contrário, preferia que não visse.
- Não importa o que esteja escrito, eu já sabia de tudo que li. Mas... Sinto-me feliz. Obrigada por me entregar, Louis.
Uma garota, que havia perdido os dois homens mais preciosos em sua vida, como deveria se comportar? Um dizendo para se libertar; outro para manter seu dever com o povo. Mas... Não haveria outra opção?
Catherine segurou-se para não rir. A questão é: para que rir? Ela estaria louca?... Em um mundo onde a garota perdeu seu amor, se pergunte por que ela não enlouqueceu. Diante do que perdeu em um dia, num instante. Se pergunte o que é isso que a faz manter a razão.
- Você entende, não é?
- Não...
Sim, ele entendia Catherine. Louis, o pior mentiroso. Louis, o melhor mentiroso. Louis... Louis, apenas mais um dos mentirosos.
- Não mentirei para você, rainha.
- Mentir? Você mentiu? Não. Eu entendo. Eu sempre soube da verdade, só não queria reconhecê-la.
Querido leitor, você entende? Não? Mas com toda a certeza você já percebeu; a verdade continua obscura. Um clarão sem volta está para acontecer.
- Catherine, para onde você vai? – o cavaleiro da rainha perguntou.
- Não importa. A mentira continua seguindo-me pelo mundo; acho que... Só há um lugar para ir.
Epílogo
- Spoiler:
- Você foi para apenas um lugar. Onde não havia mentiras. Onde apenas podia sentir sua dor.
Eu era aquele quem deveria protegê-la...
Aquele era um bilhete encontrado em seu brilhante quarto, sobre a cama.
“Vicent... Não. Irmão, você deveria cuidar de mim. Do contrário, matou um de meus cavaleiros. Porém, obrigada. Você fez o seu dever. Strife te pediu, não? Irei junto dele agora.
Louis... Você sabia da mentira de Vicent. Eu sabia; mas, isso não era mais chamada ‘mentira’, entretanto, você ainda mentiu. Amar a esposa de seu irmão é errado, querido. Porém, obrigada.
Hortense... A dama de azul deveria chorar. Você amou Strife, e achei isso tão bondoso. Porém, não acha que trair sua senhora é demais?
Violette... Ah, criança, você não acha que trair sua senhora é demais?”
- Strife, eu te encontrei
- Cathy... Como você?...
- Você nunca foi bom mentiroso. Pelo menos, você deu uma “ótima” pista. Fugir da gaiola não é? Na verdade você quis dizer, “me encontre fora da gaiola.”. Aquilo foi quase um “descubra sozinha como se voa”.
- Não poderia ser tão direto assim. “Fuja da gaiola e voe até a floresta...”
- “Me encontre em uma cabana...”
- “E seremos livres.”
- Seremos?
- Somos.
Lembra-se, minha irmã? Em um sonho distante só estavam você e eu. Bem, foi meu sonho... Você não está mais lá. O carvalho continua morto.
- Catherine Chevalier, eu te amo. Mas... Você não vai voltar, não é?
Vozes ecoavam pela cidade.
- Ouvi dizer que Vicent Chevalier se afogou em um poço.
- Ouvi dizer que Louis Northman foi acusado de raptar a rainha Catherine.
- Ouvi dizer que Hortense, a empregada real, foi executada por ter relações com o antigo rei Strife.
- Ouvi dizer que Violette, a empregada real, foi executada por se associar com o reino inimigo.Mentiras. Verdades. Ah... No mundo de Chevalier, quem está mentindo?
Não importa, esse sonho não é mais seu. Agora é de um casal voando pela floresta.
Entre tantos homens, eis o escolhido - aquele que a própria rainha escolheu:
Strife Northman.
Especial ~ Poema sem muita importância
- Spoiler:
- Chorei por um pôr-do-sol esquecido; gritei só por ela.
Mesmo assim, eu não me esqueci de nossa história.
Na floresta, uma lapa sem inscrição alguma.
Na floresta, um garoto sozinho chorava.
Na floresta, Strife em lágrimas.
Isso não é a total verdade,
Mas não é mentira.
Catherine morta.
Ah, você
Ainda a
Ouve?
Grito
Um rugido
Talvez um leão
Strife chegou perto
O animal fitou os seus olhos
Seus olhos disseram para ele para fugir
Mas não, com toda a certeza, ele não queria aquilo.
Ele queria continuar ali e chorar na sepultura de sua amada.
Strife queria lutar contra qualquer coisa que pudesse tirá-lo dali.
Sim, o garoto lutou contra o perigoso animal a sua frente. Ah Strife...
Nosso tempo acabou.
Um cálice de sangue derramou.
Strife e Catherine, eternamente vivendo na floresta do paraíso.
Última edição por Elizabeth em Qui Out 20 2011, 15:27, editado 5 vez(es) (Motivo da edição : Arrumando capítulos :x)
Elizabeth- Sacrifice
- Mensagens : 612
Data de inscrição : 21/12/2010
Idade : 29
Re: Chevalier
Incesto! Traição! Gêmeos!
Gostei MUITO do prólogo. Apesar de ser mais uma espécie de explicação sobre a história (sem muito foco narrativo, digamos), ficou muito muito muito awesome. A primeira parte (fora dos spoilers) ficou ótima e muito bem escrita! E que comece a história dos Chevalier~ (aliás, adoro esse sobrenome)
Quero mais
Gostei MUITO do prólogo. Apesar de ser mais uma espécie de explicação sobre a história (sem muito foco narrativo, digamos), ficou muito muito muito awesome. A primeira parte (fora dos spoilers) ficou ótima e muito bem escrita! E que comece a história dos Chevalier~ (aliás, adoro esse sobrenome)
Quero mais
Re: Chevalier
Thanks Yu-chi
Trazendo o primeiro capitulo mega curto - que eu sinceramente achei que não ficou lá grande coisa - e a primeira parte do segundo capitulo. Já tenho escrito a segunda parte, que é bem maior, mas vou arrumar umas coisas~~
Capítulo Um
- Spoiler:
- A pequena criança, agora uma moça, sorriu para um novo dia.
Tão ingênua Catherine. Ela podia ser a princesa mais desejada do reino, mas apenas amava um homem: Strife. Um príncipe que não se apaixona por garotas vivas. Eis que um dia me achou desmaiada e beijou-me; Quando acordei, já valia nada. Como numa tragédia romântica, ele a deixou, e foi em busca de outra dama da escuridão.
Ao lado esquerdo de Catherine, estava a dama de vestido azul: Hortense, e ao lado direito, a dama de vestido roxo: Violette. As duas garotas, aquelas que sempre mimaram a pobre garota. Hortense enfeitava o vestido branco da princesa. E Violette cuidava para que tudo no baile fosse perfeito. Catherine apenas se divertia com tudo isso.
- Sorria Violette
- Sim, mademoiselle
“Está na hora”
Ela desceu as escadas. Podia ver tudo e todos lá de cima. No grande salão estariam todos os garotos do reino – e até plebeus – Cathy não conhecia nem a metade, foram seus pais que convidaram todos.
Porém, estava tudo vermelho. O que... O que aconteceu?
- A morte, às vezes, se mostra tão bela – Ele sorriu para a princesa
- Strife!
- Você é agora a nova rainha. Mas eu não quero ser seu rei. Talvez, você possa me dar esse corpo? - Ele segurou em suas mãos uma moça de pele clara e cabelos negros. Muito bonita com um vestido azul ensanguentado.
Catherine apenas... Sorriu.
- Para que você o quer? Você pode ter o meu! – A menina pulou da escada. Seu vestido não era mais branco. E o salão continuava pintado por puro vermelho intenso.
Capítulo Dois - Parte Um
- Spoiler:
- - Princesa...
- Hã, o que aconteceu?
- Hora de acordar, é seu grande dia!
- Oh, sim – ela sorriu.
Chegava a hora de ela descer os degraus da grande escada do salão, sorrir, ser simpática com todos e encontrar um novo príncipe.
O príncipe do reino vizinho havia rejeitado Catherine. Ele não tinha vontade de se aliar com o reino de Chevalier. Mas, Catherine estava apaixonada. Porém, o amor não vale nada na realeza. Você deve se casar, não importa com quem!
- Uma rainha não deve ficar só...
- Majestade, eu sinto tanto por você! Mas senhorita Catherine, a deusa do destino quer que você ame alguém mais que aquele egoísta, você conseguira! – Disse Violette, enquanto abria as cortinas.
- Espero que você esteja certa, Violette – Hortense olhava no guarda-roupa o vestido da princesa. O vestido era branco, com alguns detalhes rosados; muito bonito e tudo da mais alta costura. Ela levou-o para Catherine e a vestiu.
- Estou pronta! – então, sem mais delongas, a princesa saiu de seu quarto, já pronta para o que aconteceria a seguir. Não, ela não estava pronta.
Foi andando sozinha pelo corredor, passando pela porta do quarto de seus pais. Silencio; deviam já ter ido cumprimentar os convidados. Passou pelos quartos de hospedes, nunca usados desde que nasceu. Nascer... Isso a lembrava seu meio irmão; Seus pais juravam que seu irmão havia morrido, mas após tantos anos, ainda havia boatos, e ela sabia – sim, ela tinha certeza – que um dia poderia dar para ele tudo que lhe havia de direito.
Chegou à porta; dois de seus empregados a abriram e enfim estava na parte de cima da escadaria. Seus convidados, aplaudindo-a. Aquelas pessoas... Ela não havia feito nada para eles, mas tinha dinheiro. Aplausos sem motivo, sem função. Aplausos para alguém que nunca poderia sair do palácio e fazer algo realmente bom. Ela sorriu, era a única coisa que podia fazer naquele momento; descendo as escadarias lentamente, chegou ao ultimo degrau. Seus pais a estavam esperando.
- Catherine, conheça os convidados; converse com todos – Exclamou seu pai, o grande Victor. Soube que ele era adorado quando ainda príncipe, pois amava seu povo. Após tornar-se rei, sua rainha o transformara.
- Querida – disse sua mãe – Olhe para o lado...
Por que deveria?... Você... Você está aqui...
Elizabeth- Sacrifice
- Mensagens : 612
Data de inscrição : 21/12/2010
Idade : 29
Re: Chevalier
Adorei Considere-me sua fangirl, Thata. -s
E Tettere... O que você faz na história? °w° Volte para Märchen, plz *foge*
E Tettere... O que você faz na história? °w° Volte para Märchen, plz *foge*
Re: Chevalier
Que bom que esteja gostando *O*~
Queria que aquela parte do tettere fosse mais... Sutil~ mas não deu muito certo D:
Capítulo Dois - Parte Dois
- Spoiler:
- Por que deveria?... Você... Você está aqui...
Ele tinha pele clara, cabelo preto, alto. Podia-se ver toda a escuridão sobre seu olhar e sua boca, vermelha e tentadora, mostrava o quão era inseguro estar com ele. Sua roupa, feita sob medida pela mais cara costureira da época, o deixava totalmente elegante. Era simplesmente encantador e agora estava ao lado da princesa; sorrindo para ela.
- Eu... E-eu... Você... Por quê?... – A garota virou-se para o outro lado, e saiu andando pelo salão sem direção. Tentando enxergar algo, com as lágrimas em seus olhos, acabou esbarrando em um garoto. Ele deveria ter a mesma idade, ou talvez até mais novo. Um pouco acima da estatura da princesa; Pela clara e cabelo loiro, de mesmo tom que Catherine, um tanto mais escuro.
- Desculpe-me, não foi minha intenção...
- Uma princesa não deveria se desculpar para um mero plebeu como eu. Você está bem, majestade?
- Não, quer dizer, sim... Eu estou bem – ela sorriu para o garoto – Qual seu nome, cavaleiro?
- Me chamo Vicent, vossa majestade – ele se curvou diante dela
- Vicent, eu já te conheço?...
- Creio que não, senhorita. Sou filho adotivo de uma senhora de classe media. Nunca estive na nobreza, mas como todos foram convidados, eu vim para conhecê-la. Tive medo de a senhorita não pudesse falar comigo. Obrigada por fazer um simples rapaz feliz.
Catherine corou – Oh, me conhecer o fez feliz?... Que bonitinho... Pode chamar-me Catherine apenas, tudo bem? Adorei- ela foi interrompida.
- Princesa, eu não quero fazê-la chorar!
- Strife, esta aqui para me ultrajar?...
- Majestade, eu preciso conversar com a senhorita.
- Senhor, por favor, se retire...
- Majestade, eu não vou mais fazê-la entristecer.
- Catherine pediu para que se retire! – Disse Vicent, com certo ciúme do nobre.
- E quem é você para chamar minha noiva por seu nome?! Oh, que ousadia de um mero cidadão.
- Você... Disse “noiva”? – Catherine estava assustada, animada e confusa.
- Oh, eu preferia que fosse surpresa, mas... Eu já falei com o rei e a rainha, e eles me conceberam a honra de ter sua mão.
- Porque mudou de ideia?... Oh, a nova guerra...
- Sim. Parece que minha noiva não é assim tão ignorante. A nova guerra irá acontecer, e precisamos nos unir se queremos conquistar os reinos de Abiel e Caspéer. O meu reino de Northman é páreo para qualquer um dos dois, mas agora após a união da rainha Keim Caspéer com o rei Louis Abiel, fiquei em desvantagem. Se estivermos juntos, nada ira ultrapassar nossa fronteira, e teremos todos os reinos da área central em nossas mãos, assim não será difícil conquistar as outras áreas. Tenha em mente que ela será uma luta difícil, por isso você deve ficar segura no palácio. Seus pais já estão contatando cavalheiros para cuidar de você.
Sempre foi assim; estou presa em uma gaiola. Tudo pelo poder e riqueza; Ah Strife Northman, espero que seja um bom rei.
- Majestade, eu vejo que vocês tem o que discutir. Sinto muito por incomodá-la...
- Espere senhor Vicent. Venha aqui amanhã à noite, jante conosco. Gostaria de conhecê-lo melhor, e quem sabe não teria um lugar para você trabalhar em meu palácio.
- Oh, muito obrigado senhorita! Agora devo ir, estou realmente muito agradecido.
Vicent se retirou; Catherine e Strife sentaram-se em uma das mesas do grande salão.
- Está dando atenção de mais para um pobre coitado, esta com pena dele minha querida?
- Oh, não. Só acho que ele seria um ótimo cavalheiro para mim.
- Esta a me dizer isso seriamente? Ele nem deve saber manejar corretamente uma espada, isso se já tiver pego alguma vez. É uma criança, talvez mais novo que você. E você quer que ele arrisque sua vida para salva-la, por quê?
- É o seu dever, e... Sinto que ele gostaria disso.
Última edição por Elizabeth em Sex Set 09 2011, 17:31, editado 1 vez(es)
Elizabeth- Sacrifice
- Mensagens : 612
Data de inscrição : 21/12/2010
Idade : 29
Re: Chevalier
Vou dizer uma coisa, escrever qualquer coisa ouvindo Eru no Rakuen [→ side:A →] + Eru no Rakuen [→ side:E →] não é boa coisa D: *dorgada* Olha, escrevi "coisa" três vezes na mesma frase ._.
Enfim, devo explicar os próximos capítulos:
Capítilo Zero = Entrando de vez em quando na história, mostra o passado, futuro ou uma outra visão de certos fatos. Além de umas "dicas" e pegadinhas sobre o que pode vir a acontecer
Capítulo Três = Continuação normal do Dois
Capítulo Quatro = Esse não é o fim. Só tenho isso a dizer -n Ok, SH está me deixando louca. Estou tendo ideias e mais ideias~ D:
Capítulo Zero – Pelo olhar de uma criança
"O Homem nasce livre, mas está por todos os cantos preso"
"O Homem nasce livre, mas está por todos os cantos preso"
- Spoiler:
- Enquanto chorava em meu quarto - por algo que eu mesma desconhecia -, ele sorriu para mim e apenas disse “uma rainha tem que ser forte”. Papai, ainda não sou uma rainha, e não procuro pelo poder. Mas como poderia dizer algo assim para meu querido pai doente?
Enquanto chorava em meu quarto - por um homem desconhecido -, ela olhou para mim e apenas disse “você é fraca”. Eu não sou você, minha mãe, que tem o mundo na palma de suas mãos. Mas como eu poderia dizer algo assim para minha mãe egoísta?Ela esperava que mais alguém aparecesse.
- Querido, onde você está?
Entretanto, nunca ninguém realmente soube quem ela procurava.
Por seu amado
Ou seu irmão?Ou talvez houvesse outra pessoa...
Capítulo Três
- Spoiler:
- Vestido rosa claro, até os joelhos; um sorriso estampado em seu rosto e um colar escrito “Cathy”. A garota caminhava em direção ao seu lugar na mesa da sala de jantar.
A grande mesa podia ser ocupada por mais de 15 pessoas, mas os cinco sentaram-se juntos. O rei ocupava o lugar de destaque, na ponta da mesa. Logo ao lado esquerdo estavam a rainha e Vicent. Ao lado direito, Catherine, seguido de seu noivo.
- Senhor Vicent, espero que aceite a proposta. Não que você possa recusá-la, já que está vindo da futura rainha. E caso não cumpra o proposto de modo correto, o exílio ou até a morte estarão rapidamente providenciados para você. Oh, mas não faça disso uma obrigação! Deve cumprir tudo que vossa alteza diz com prezado esforço. Vicent, você deve jurar aceitar a proposta sem reclamar e sem mentir quanto a sua verdadeira opinião.
Mesmo que totalmente contraditório isso fosse, naquela época era normal, e não havia plebeu algum que recusasse.
- Agora, a futura rainha deseja saber: você quer ser seu novo cavaleiro?
- Não.
- Vicent, você... – Catherine olhou surpresa, mas foi interrompida pela voz do rapaz.
- Não me importo com a morte. Poderia ser cavaleiro de qualquer um, mas me importo com a vida de Catherine. Nunca tive treinamento algum; jamais conseguiria protegê-la. Por favor, escolha alguém que saiba, pelo menos, manejar uma espada.
- Resolvido. Levem esse garoto para fora desse reino!
- Não Strife! Peça para seu melhor guerreiro ensinar tudo que sabe para Vicent. Não pegue leve com ele. Faça-o dar seu melhor. – ela olhou para Hortense – Arrume o quarto de hospedes para o senhor Vicent. Ele ficara conosco e será meu cavaleiro. Sem mais delongas.
- Finalmente agindo como uma rainha – O rei exclamou, logo após a saída de sua filha para o quarto.
- Não sei se devo gosto tanto disso... – Strife levantou-se – Com licença, acho que devo ir para meu palácio. Conversamos sobre os preparativos do casamento e da sucessão do trono pela manhã. Boa noite a todos. – chegando perto de Vicent, sussurrou – Cuide bem de minha noiva.
Capítulo Quatro
Diga-me, nesse mundo quem está mentindo?
Diga-me, nesse mundo quem está mentindo?
- Spoiler:
- - Eu te amo – ela sorriu. Calou-se, entretanto, segundos após. O padre continuava suas belas palavras – Eu aceito.
- Eu aceito.
Por mais que em seus sonhos mais profundos esta cena se repetia, ela não estava totalmente feliz. Em seu mundo, distante de nosso presente, algo chamado de “poder” era mais importante. Em seu mundo, a garota era iludida.
- Eu... – Calou-se, entretanto, segundos após. O padre continuava suas falas memorizadas – Eu aceito.
- Eu aceito.
Por mais que em seus sonhos mais profundos essa cena se repetia, não era este o homem do qual ela amava. Em seu mundo, a garota era quem manipulava os fantoches. Sim, era o seu mundo.O sonho foi quebrado ← Já é hora de voltar à realidade, querido leitor.
O laço de mentiras está cortado → Mas, diga-me, quem mentia?
Antes do próximo capítulo, eu quero saber uma coisa (além de suas opiniões, é claro), quem vocês acham que mente no mundo dos Chevalier?
Já pensei em tudo sobre isso, mas quero saber suas teorias hohoho~ -Q
Elizabeth- Sacrifice
- Mensagens : 612
Data de inscrição : 21/12/2010
Idade : 29
Re: Chevalier
Quem será que mente?...
A HORTENSE MENTE! -q *apanha*
Ok, vou pensar aqui... Outra coisa pra me dar dor de cabeça. OTL
A HORTENSE MENTE! -q *apanha*
Ok, vou pensar aqui... Outra coisa pra me dar dor de cabeça. OTL
Re: Chevalier
Capítulo Cinco
- Spoiler:
- Não era nada demais; a escuridão que os rodeava era apenas por instantes. Isso ela não tinha medo. Algo mais forte fazia seu coração bater.
Amanheceu e a noite após seu casamento nunca aconteceu. A virgem continuaria pura.
- Você sabe que não devemos ter filhos. Meu jovem irmão ficará no trono dos dois reinos quando eu for falecer.
Escutaram-se passos rápidos pelo corredor. Corria em direção ao quarto real.
- Majestade! – chamou Vicent - Estão atacando a fronteira norte.
Strife beijou Catherine. Poderia ser um beijo de despedida. – Não se preocupe, venceremos.
Vencendo ou não, pessoas morrerão. Querida Cathy, você ainda não entendeu que nunca haverá um final feliz?Ah... Eu sonhei com um mundo muito bonito; onde estávamos protegidos por um grande carvalho... Mas tudo ficou preto. Mesmo agora, eu não te vejo por dentro. Você foi incrível. E mesmo mentindo, mesmo fingindo, você ainda me amou. Você me protegeu, mas... Por que não voltou? Não se preocupe mais, sou apenas a sua Catherine e o carvalho que sonhei sempre me protegerá.
- Senhorita Catherine! – Gritou Vicent, correndo em sua direção, no jardim do palácio – Vencemos a luta!
- Isso me deixa calma... Mas onde está meu marido?
- Sinto muito...Ah... Eu sonhei com um mundo; estávamos juntos sobre o carvalho... Mas o carvalho caiu e você desapareceu de meu mundo. Eu estava sozinha... Porém, ainda tenho algo para proteger: o belo carvalho morto.
Passaram-se duas semanas após o enterro de Strife. O rei que salvou a todos. Que deu a vida para seus reinos... E para mim. Meu querido nunca foi mau. Meu amor nunca pensou nele mesmo. Strife foi bom, e eu sempre serei fiel a ele.
- Senhorita – a voz de Hortense ecoou pela sala quase vazia – O irmão de Strife, Louis, está chegando para assumir o trono... – ela segurou a mão da rainha - Majestade, as fronteiras não mantêm as pessoas para fora; elas prendem dentro de si. Você pode desperdiçar sua vida desenhando linhas ou então você pode viver cruzando-as.
- Mas há algumas que são perigosas demais para serem cruzadas...
- Esqueça a precaução e se arrisque. A vida do outro lado pode ser espetacular.
- Hortense, a vida é confusa. E é assim que somos feitos: corpo e alma. A alma que eu amei, desapareceu. Por que eu deveria continuar aqui?
- Pois a vida é assim mesmo. Mesmo que você perca hoje, amanhã uma luz reluzirá. Bem, ouço cavalos. O novo rei deve ter chegado; irei atendê-lo.
Strife, você mentiu: você me amou, não é? Obrigada.
Capítulo Seis - Parte I
- Spoiler:
- Entende, não?
- É claro. É meu dever para meu povo. É meu dever cuidar dos reinos, pelas memórias de meu falecido marido e de meu querido pai.
- Ele a deixou uma carta.
- Uma... Carta? Onde se encontra?
- Estava com o cavaleiro Vicent, ele me avisou ontem quando falei com as tropas. Pegue-a – Louis entregou o pequeno papel velho, como se alguém tivesse o amassado.
“Acredito que vencemos. Ou não daria minha vida por algo que não tivéssemos chance. Não se preocupe querida, com você eu deixo meus reinos. Com você eu deixo seu nobre cavaleiro. Com você deixo meu irmão. Doce Catherine, com você eu deixo toda minha tropa para protegê-la. Mas se você é tão inteligente, do qual eu acredito ser, não ficará presa nesta gaiola.
Você viu na dor, o amor; viu no orgulho, a felicidade; você viu em mim algo belo, obrigado.Para toda eternidade, Strife Northman”
- Eu apenas te dei, pois esse era o desejo de meu irmão, do contrário, preferia que não visse.
- Não importa o que esteja escrito, eu já sabia de tudo que li. Mas... Sinto-me feliz. Obrigada por me entregar, Louis.
Comentários da defunta-autora *apanha*:
- Spoiler:
- Só primeira parte do cap.6, pode ser que haja mudanças x_x
Desculpe, Utau. Mas como eu disse para minha amiga: Ele era perfeito demais para continuar vivo :/
Sim, adoro matar personagens principais <3
Strife mentiu, mas essa é apenas UMA das mentiras hohoho~~ E obrigada por ler
Elizabeth- Sacrifice
- Mensagens : 612
Data de inscrição : 21/12/2010
Idade : 29
Re: Chevalier
Nunca fui com a cara do Strife, falo mermo. :/
OMG, QUANTAS MENTIRAS TEM? ELE NÃO A AMAVA MAS A AMAVA MAS FINGIA QUE NÃO AMAVA, NÉ? ~le sentido passeando pelo Abyss
Tá, parei
DO WANT MOARRRRR
OMG, QUANTAS MENTIRAS TEM? ELE NÃO A AMAVA MAS A AMAVA MAS FINGIA QUE NÃO AMAVA, NÉ? ~le sentido passeando pelo Abyss
Tá, parei
DO WANT MOARRRRR
Re: Chevalier
Tenho uma coisa para dizer antes de tudo: "[...]este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem…"
Capítulo Seis
- Spoiler:
- - Entende, não?
- É claro. É meu dever para meu povo. É meu dever cuidar dos reinos, pelas memórias de meu falecido marido e de meu querido pai.
- Ele a deixou uma carta.
- Uma... Carta? Onde se encontra?
- Estava com o cavaleiro Vicent, ele me avisou ontem quando falei com as tropas. Pegue-a – Louis entregou o pequeno papel velho, como se alguém estivesse o amassado.
“Acredito que vencemos. Ou não daria minha vida por algo que não tivéssemos chance. Não se preocupe querida, com você eu deixo meus reinos. Com você eu deixo seu nobre cavaleiro. Com você deixo meu irmão. Doce Catherine, com você eu deixo toda minha tropa para protegê-la. Mas se você é tão inteligente, do qual eu acredito ser, não ficará presa nesta gaiola.
Você viu na dor, o amor; viu no orgulho, a felicidade; você viu em mim algo belo, obrigado.
Para toda eternidade, Strife Northman.”
- Eu apenas te dei, pois esse era o desejo de meu irmão, do contrário, preferia que não visse.
- Não importa o que esteja escrito, eu já sabia de tudo que li. Mas... Sinto-me feliz. Obrigada por me entregar, Louis.
Uma garota, que havia perdido os dois homens mais preciosos em sua vida, como deveria se comportar? Um dizendo para se libertar; outro para manter seu dever com o povo. Mas... Não haveria outra opção?
Catherine segurou-se para não rir. A questão é: para que rir? Ela estaria louca?... Em um mundo onde a garota perdeu seu amor, se pergunte por que ela não enlouqueceu. Diante do que perdeu em um dia, num instante. Se pergunte o que é isso que a faz manter a razão.
- Você entende, não é?
- Não...
Sim, ele entendia Catherine. Louis, o pior mentiroso. Louis, o melhor mentiroso. Louis... Louis, apenas mais um dos mentirosos.
- Não mentirei para você, rainha.
- Mentir? Você mentiu? Não. Eu entendo. Eu sempre soube da verdade, só não queria reconhecê-la.
Querido leitor, você entende? Não? Mas com toda a certeza você já percebeu; a verdade continua obscura. Um clarão sem volta está para acontecer.
- Catherine, para onde você vai? – o cavaleiro da rainha perguntou.
- Não importa. A mentira continua seguindo-me pelo mundo; acho que... Só há um lugar para ir.
Agora sente só o sentido sumir completamente
Epílogo
- Spoiler:
- Você foi para apenas um lugar. Onde não havia mentiras. Onde apenas podia sentir sua dor.
Eu era aquele quem deveria protegê-la...
Aquele era um bilhete encontrado em seu brilhante quarto, sobre a cama.
“Vicent... Não. Irmão, você deveria cuidar de mim. Do contrário, matou um de meus cavaleiros. Porém, obrigada. Você fez o seu dever. Strife te pediu, não? Irei junto dele agora.
Louis... Você sabia da mentira de Vicent. Eu sabia; mas, isso não era mais chamada ‘mentira’, entretanto, você ainda mentiu. Amar a esposa de seu irmão é errado, querido. Porém, obrigada.
Hortense... A dama de azul deveria chorar. Você amou Strife, e achei isso tão bondoso. Porém, não acha que trair sua senhora é demais?
Violette... Ah, criança, você não acha que trair sua senhora é demais?”
- Strife, eu te encontrei
- Cathy... Como você?...
- Você nunca foi bom mentiroso. Pelo menos, você deu uma “ótima” pista. Fugir da gaiola não é? Na verdade você quis dizer, “me encontre fora da gaiola.”. Aquilo foi quase um “descubra sozinha como se voa”.
- Não poderia ser tão direto assim. “Fuja da gaiola e voe até a floresta...”
- “Me encontre em uma cabana...”
- “E seremos livres.”
- Seremos?
- Somos.
Lembra-se, minha irmã? Em um sonho distante só estavam você e eu. Bem, foi meu sonho... Você não está mais lá. O carvalho continua morto.
- Catherine Chevalier, eu te amo. Mas... Você não vai voltar, não é?
Vozes ecoavam pela cidade.
- Ouvi dizer que Vicent Chevalier se afogou em um poço.
- Ouvi dizer que Louis Northman foi acusado de raptar a rainha Catherine.
- Ouvi dizer que Hortense, a empregada real, foi executada por ter relações com o antigo rei Strife.
- Ouvi dizer que Violette, a empregada real, foi executada por se associar com o reino inimigo.Mentiras. Verdades. Ah... No mundo de Chevalier, quem está mentindo?
Não importa, esse sonho não é mais seu. Agora é de um casal voando pela floresta.
Entre tantos homens, eis o escolhido - aquele que a própria rainha escolheu:
Strife Northman.
Especial ~ Poema sem muita importância
- Spoiler:
Chorei por um pôr-do-sol esquecido; gritei só por ela.
Mesmo assim, eu não me esqueci de nossa história.
Na floresta, uma lapa sem inscrição alguma.
Na floresta, um garoto sozinho chorava.
Na floresta, Strife em lágrimas.
Isso não é a total verdade,
Mas não é mentira.
Catherine morta.
Ah, você
Ainda a
Ouve?
Grito
Um rugido
Talvez um leão
Strife chegou perto
O animal fitou os seus olhos
Seus olhos disseram para ele para fugir
Mas não, com toda a certeza, ele não queria aquilo.
Ele queria continuar ali e chorar na sepultura de sua amada.
Strife queria lutar contra qualquer coisa que pudesse tirá-lo dali.
Sim, o garoto lutou contra o perigoso animal a sua frente. Ah Strife...
Nosso tempo acabou.
Um cálice de sangue derramou.
Strife e Catherine, eternamente vivendo na floresta do paraíso.
E fim. É, eu ainda amo o StrifeCatherine é vidente, eu sei.Vocês saberame eu tambémcomo ela sabia de tudo na próxima história no ano que vem
Espero que gost- na verdade não, escrevo para mim, não para vocês *foge*
Elizabeth- Sacrifice
- Mensagens : 612
Data de inscrição : 21/12/2010
Idade : 29
Re: Chevalier
Eu odeio o Strife, sabia?
Mas o final ficou demais, mesmo tirando esse "pequeno" detalhe *corre das pedradas*
Mas o final ficou demais, mesmo tirando esse "pequeno" detalhe *corre das pedradas*
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|