Fanfic "A menina dos lábios vermelhos"
2 participantes
Página 1 de 1
Fanfic "A menina dos lábios vermelhos"
Olá gente! Essa é a minha fanfic para o Concurso! Espero que gostem!
Primeiramente peço desculpas pelo tamanho (eu simplesmente não consigo escrever nada muito curto e objetivo!) Mas, por favor, leiam!
Não há contra indicações, censura livre (rs). Acrescento que utilizei duas músicas do álbum "Lost" para escrevê-la.
Então, há uma "história" aqui - rs.
Primeiramente peço desculpas pelo tamanho (eu simplesmente não consigo escrever nada muito curto e objetivo!) Mas, por favor, leiam!
Não há contra indicações, censura livre (rs). Acrescento que utilizei duas músicas do álbum "Lost" para escrevê-la.
Então, há uma "história" aqui - rs.
- Spoiler:
- A menina dos lábios vermelhosInspirado em “Koibito Wo Uchiotoshita Hi”
Desde já, eu espero que não me condene, que não me julgue pelos pecados cometidos no meu tão recente passado. Penso que ninguém nesse mundo equivocado tem o direito de julgar ninguém, já que não se pode ler os anseios e ambições que se ocultam dentro do coração do próximo. Ao mesmo tempo, compreenderei se não confiarem nas palavras que escrevo. Não posso pedir que me entendam, quando mesmo eu estou longe disso - quanto mais que confiem em mim! Quem ler este relato estará livre para duvidar de tudo que escrevi, do meu comprometimento com a verdade, da minha sanidade.... Conquanto este não me aponte o dedo inquisidor, não importa que me tome por uma louca desequilibrada ou por uma criatura vil sem escrúpulos. A essa altura não posso mais zelar por qualquer sentimento que se pareça com dignidade ou honra – a essa altura em que minha vida será tirada pelas minhas próprias mãos.
Eu desejo apenas que esse relato permita à minha memória mais íntima tornar-se uma lembrança. Como memória, ela se perderia no tempo após a minha morte – eu, que sou a única com um coração pulsante que ainda a tem em mente. Ao escrever essa história, eu transmitirei a memória a qualquer que sejam aqueles que a lerão, e ela estará para sempre fielmente guardada nas memórias desses, que a lerão para outros, que contarão para outros e outros, e assim, ela se tornará uma lembrança fluida serpenteando pelo passar do tempo.
Dito isso, você que lê esse relato – Não! – Você que lê essa confissão: atente seus olhos às palavras que eu escrevo sofregamente, essa é a minha história e a história daquele dia. O dia em que eu...
Ele sempre me chamava de menina dos lábios vermelhos. Essas palavras saíam de sua boca com um sorriso malicioso e terno que, para mim, eram toda a felicidade do mundo. Desde o dia em que nos conhecemos, eu me tornara a sua “menina dos lábios vermelhos”. Fora na agourenta hora em que a manhã e a noite dão-se as mãos, cobrindo o horizonte com o crepúsculo lilás. Eu me perdera na floresta e me vi ameaçada por animais ferozes. Como um perfeito cavalheiro, justo e corajoso, ele se lançara em meu socorro, livrando-me das bestas e sofrendo o ataque em meu lugar. Quando o terror findara, eu chorava ininterruptamente pelas feridas de seu corpo:
-Não foi nada, irá passar logo! – ele tentara, em vão, me tranqüilizar – Passará ainda mais rápido se me curar com seu beijo!
Quase que imediatamente e sem nenhum recato, eu beijei-lhe os cortes sangrentos, e o sangue manchara meus lábios, tingindo-os de vermelho, contrastando com a minha pele tão alva.
-Uma menina de lábios vermelhos! – ele riu.
Naquele momento, enquanto ele amava meus lábios vermelhos, eu caía de amores pelos seus olhos azuis, líquidos como o mar, um mar cheio de ondas amenas, iluminado pela débil luz da lua. Hipnotizada por ambas luzidias safiras, eu desejei, com apaixonado fervor, que aquele olhar fosse meu para sempre, assim como eu sei que ele desejou meus lábios - No fundo dos nossos corações surgiu a promessa, eternamente lembrada, nunca esquecida.
Assim eu me tornei a menina dos lábios vermelhos. Ele, o cavalheiro dos olhos azuis.
Eu advirto: quem nunca amou jamais entenderá essa história, pois ela não passa de um relato do mais puro, incauto e ardente amor entre uma jovem e um rapaz, cujo Destino quis que se tornassem um do outro.
Nossos encontros eram sempre às escondidas e duravam algumas horas, que me pareciam uma longa e feliz vida de ternuras. Eu ensinei-o as notas musicais e o canto mavioso, ensinei-o a olhar as estrelas e a apreciar os poemas líricos, a escolher as mais belas flores, a colher os frutos mais maduros e a dançar ao redor da fogueira. Com ele, aprendi a me guiar entre os descaminhos dos bosques, a me aproximar dos pequenos animais da floresta, a não temer a escuridão, a brandir uma espada e atirar com o arco. Nós nos tornamos um só, e passávamos todo o tempo das nossas vidas apaixonados um pelo outro, como num idílio romântico, só que real.
E quanto mais eu era tragada por esse amor, mais em meu peito crescia a ânsia coercível, ardente e apaixonada do desejo de tornar aquilo tudo um momento infindável. Quem já foi arrebatado pelo mais puro e belo amor haverá de entender esse meu angustiante sentimento. Quando se vive, se tem medo do fim. Quando se vive a mais pura felicidade, tem-se medo de que o Destino a arranque abruptamente de seus braços.
Não é que eu tivesse medo de que ele me deixasse. Ele me amava, e eu o sabia. Mas tudo o que eu mais desejava era que aqueles olhos azuis olhassem eternamente para mim, só para mim, sem que o Tempo, o Acaso ou o Destino me privassem de sua luz. Eu sabia que o fim é algo inevitável, bem como o encontro é a promessa da eventual perda.
Esse desejo começou a corroer meu coração, a perturbar a minha alma. Em todo momento esses obscuros sentimentos insistiam em afligir meu coração e eu me pegava imaginando uma despedida, um adeus um fim... O que eu poderia fazer contra isso? Eu, que tão pequena era diante de um amor tão grande! Como eu poderia evitar o inevitável? Imortalizar um momento? Escapar do Fim?
Eu ansiava por algo que me parecia impossível.
Até o fatídico dia. Nesse momento, creia em mim ou não, eu descobri de que modo eu poderia eternizar o meu amor. Um único gesto e ele seria para sempre meu, e nosso amor, inabalável como uma lenda que sobrevive ao tempo. Eu teria para sempre o meu cavalheiro dos olhos azuis e eu seria eternamente sua menina de lábios vermelhos. Uma felicidade ininterrupta, uma ilusão sem limites.
Bem como da primeira vez, a manhã beijava a noite em meio ao véu de luzes débeis que propagavam sombras. Era uma bela tarde púrpura e ele me esperava deitado na relva macia de um lindo campo de flores, olhando o céu repleto de cores mórbidas com o olhar analítico do curador de uma pintura. Quando sentiu que eu me aproximava, ele deixou sua tranqüila observação e se levantou para vir ao meu encontro. Seu semblante mudou completamente: aqueles olhos que eu tanto amava brilharam alegres como estrelas, seu sorriso apareceu nos lábios com aquele tom malicioso que sempre me queria, os braços se abriram para receber meu frágil corpo...
Era uma felicidade ininterrupta, uma ilusão sem limites.
Mas a ilusão é algo que escapa facilmente...
Eu desferira a flecha certeira àquela distância e ele a recebera, em lugar do meu corpo, no cerne do nosso amor - no coração - onde todos os nossos sentimentos jaziam com sua imensidão inalcançável. Quando ele caiu desfalecido na grama, tive a certeza de que ele seria para sempre meu - todo e completamente meu. Para sempre. Ele estava coberto de vermelho, a cor do amor, da paixão e do sangue, com o qual mais uma vez eu manchara meus lábios enquanto o cobria de beijos.
Eu estava com os olhos marejados de lágrimas emocionadas e jamais teria saído desse torpor extasiado, se não fosse por um fato que fizera toda a diferença. Meu amado estava ali e seríamos para sempre um do outro numa paixão interminável, mas notei que seus olhos estavam sem brilho, como se duas estrelas estivessem encobertas por uma nuvem cinzenta nos céus noturnos. Por mais que eu esperasse, o brilho divino daqueles olhos jamais voltaria a luzir. Aqueles olhos azuis mais belos que qualquer outra luz do mundo – os olhos que eu amava – não brilhariam nunca mais para mim.
Assim, uma triste realidade foi se desvelando diante dos meus olhos, meu amado estava morto. Nosso amor, acabado. A flecha com a qual eu imaginara imortalizar nosso sentimento destruíra o que havia de mais precioso no mundo para mim. Minha obsessão ensandecera o meu próprio coração, fazendo-me cometer a mais vil das tragédias e lançando-me à desgraça: ao perfurá-lo com a flecha, meu amado fora para bem longe de onde eu estava e não poderia voltar jamais.
Em um mundo onde você perdeu aquele que você ama, que tipo de flores nascerão?
Nunca mais ele seria meu cavalheiro de olhos azuis...
Ainda que eu continuasse sendo a menina de lábios vermelhos.
Re: Fanfic "A menina dos lábios vermelhos"
Antes de tudo, é só uma crítica/comentário comum de alguém que só fez uma fic na vida. ok? Bem, primeiramente... sobre o seu ""não ser muito objetiva". Isso é bom, até certo ponto. Na minha opinião, você passou um pouquinho de nada dele e a personagem enrolou um pouquinho de mais, mas essa enrolação te deixa curioso pra saber sobre o que ela tá comentando tanto. Se for comparar com a minha [ não que seja certo comparar histórias diferentes, mas...], eu fui "objetivo" em cada história. só que a minha "enrolação" é que haviam sete histórias e fica a dúvida pra saber como tudo termina. Sobre a sua fic...eu gostei, e seu estilo é interessante e completamente diferente do meu. Bem, não que eu entenda ou saiba definir estilos... mas enquanto eu sou meio viciado em fazer anciões citarem enigmas, você parece viciada em adjetivar coisas com "débeis, mórbidas" e por aí vai, mas seu estilo é legal. Enfim, o interessante é que tá meio em cima já e só nos dois postamos fics. Não é muito legal competir só 1 contra 1. D:
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|